A companhia de cruzeiros Pullmantur continua a ser alvo de críticas de passageiros que não puderam embarcar, em meados de Agosto, no Pacific Dream para um cruzeiro pelo Atlântico. O navio sofrera uma varia que impossibilitou as férias a muitos portugueses presentes no porto de Lisboa.
A Pullmantur ofereceu três alternativas aos passageiros entre as quais 7 dias em Tenerife no Hotel Bahia Príncipe de 5 estrelas, o que não veio a acontecer. Em vez disso os turistas foram encaminhados para o norte da ilha, para um hotel de 4 estrelas, algo que irritou a maior parte dos 300 portugueses que optaram por esta forma de “compensação”.
Eis a reclamação enviada à Pullmantur bem como para alguns órgãos de comunicação social:
Ex.mos Senhores,
Venho finalmente apresentar reclamação dos actos ocorridos nos passados dias 13 a 20 de Agosto de 2010.
Nesta reclamação há vários factos comprovados e devidamente registados ao nível documental, de imagens e inclusive filmagens.
Toda a documentação original está já organizada incluindo documentação da Pullmantur, Agência, Tickets de avião, Estadias nos hotéis, etc
Tenho como intenção com o que vou de seguida expor que a empresa PULLMANTUR assuma os erros ocorridos, corrija as falhas e proceda à devida compensação pelos actos cometidos.
Pullmantur – Cruzeiro Joias do Atlantico
Valor total pago, Factura 140 de 5/08/2010 – 3.501,20€
Seguro de Viagem – Pullmantur Cruises SL
data de embarque 13/08/2010
Pacote: 7 noites Joias do Atlantico Cruzeiro Pacific Dream
Passamos a expor:
1. Foi organizada uma viagem de um grupo de pessoas familiares na Agência de Viagens “Ida e Volta”.
2. No meu caso concreto inclui 3 adultos e 2 crianças correspondendo a 2 camarotes
3. Dias antes da viagem foram recepcionados os documentos fornecidos pela Pullmantur – Documentos todos em Espanhol, mesmo a parte de seguro de viagem e contrato de prestação de serviços.
4. No dia indicado deslocamo-nos ao local do embarque onde, pelas 11h: entregamos as malas, demos referências de cartão de crédito, apresentamos documentação e fizemos check-in e passamos pelo controlo alfandegário para partidas internacionais com tudo o que isso implica.
5. Permanecemos numa sala sem ar-condicionado
6. Pelas 15h é passada a informação verbalmente de pessoa em pessoa que o cruzeiro foi cancelado – sem qualquer comunicação oficial por parte a empresa organizadora
7. De seguida começam a trazer toda a bagagem que já tinha sido levada. Alinham todas as malas no cais, no exterior da sala ao sol. Sem qualquer segurança ou organização especifica. De seguida com alguma dificuldade ordenaram aos presentes a retirada livre de malas com controlo de pertença na porta do edifício. Todo este processo acontece ao sol, com 700 passageiros incluindo crianças, bebés, deficientes motores em cadeira de rodas…
8. Após este processo chegam cerca de 4 assistentes do Cruzeiro com meia dúzia de tabuleiros com sandes triangulares de pepino e queijo e umas caixas com bebidas gaseificadas. Passado uns 40minutos trazem água mineral e gelo. Foi também servido julgo eu que 2 pizzas, mas não posso confirmar pois desapareceram no meio de 700 pessoas esfomeadas.
9. Aqui temos de salientar que desde as 11h que o nosso contrato deu inicio com a Pullmantur. Ou seja num contrato de Cruzeiro tudo incluído faltou-nos o fornecimento de água mineral atempadamente e foi fornecido escassamente amostras de comida que nem sequer eram compatíveis com bebés. Era também impedida a saída do recinto pois tratava-se de um terminal internacional com controlo alfandegário. Ao sairmos não nos era permitida a reentrada.
10. Pelas 17h há a informação que vão distribuir um documento redigido pela Pullmantur com a comunicação oficial do cancelamento. Nesta comunicação é colocado à disposição 3 opções. Uma das opções descreve “ 1 semana em Tenerife no hotel Bahia Príncipe 5 estrelas em regime tudo incluído”.
11. Para subscrição das opções colocadas à disposição dos poucos de remanesceram no recinto vários funcionários da Pullmantur ,contendo listagens de passageiros, receberam assinaturas para os registos oficiais das opções alternativas no seguimento do cancelamento.
12. O nosso grupo de 32 pessoas optou por entrar nos autocarros colocados à disposição no exterior para transporte ao aeroporto e embarque para Tenerife.
13. A informação dada pela Pullmantur ainda no Cais de Sta Apolónia foi: Embarque para Tenerife pelas 19h
14. À chegada ao Aeroporto, antes de sair dos autocarros deram mais uma informação: não iria estar lá ninguém do grupo Pullmantur a acompanhar este grupo de cerca de 300 pessoas – bastaria estarmos atentos aos painéis no aeroporto para procurar um voo indicado “PLM” para fazermos o check in.
15. Tal aconteceu horas depois e o embarque ocorreu somente pelas 23h.
16. Eram 2h30 quando o voo chega a Tenerife.
17. Na saída do Aeroporto deparamo-nos com vários autocarros alinhados com identificação do hotel destino – nenhum deles era o Bahia Príncipe 5 estrelas, nenhum deles era o contratado em Lisboa. Somente apresentavam hotéis de 4 estrelas no lado norte da ilha nas montanhas. Aqui como explicação geográfica fica que o lado norte da ilha está sempre com o tempo encoberto.
18. Nesta ocasião foi chamada a policia local devido a tumultos que incluíram que alguns passageiros não queriam permitir a saída dos autocarros.
19. Estando ainda a 1 hora do Hotel o nosso grupo pediu a saída.
20. Eram 4h do dia seguinte ao inicio do contrato e estávamos a fazer finalmente o check in num hotel. Com uma bebé de 2 anos e outra de 3 anos, idosos, crianças e muitas malas. Só pelas 4h30 estávamos no nosso quarto já que ainda fomos obrigados a andar 100metros para outro edifício sem qualquer apoio do hotel.
21. Foi nos referido que no dia seguinte de manhã haveria uma reunião organizada pela Pullmantur para decidir o que fazer. Não foi dada indicação de hora ou local.
22. No dia seguinte a indicação de horas ou local da reunião não foi afixada e era dispersa, nem toda a gente conseguiu assistir à mesma.
23. Nesta reunião temos conhecimento que cerca de metade do total de passageiros que optaram por Tenerife pediram o regresso a casa.
24. O nosso grupo pediu a mudança de hotel, somente foi possível um de 4 estrelas, mas mais moderno.
25. Pedimos a extensão das férias por mais 2 dias já que todo este processo fez-nos perder os mesmos. Não foi concedido.
26. A Pullmantur-Soltur ofereceram 3 excursões a todos os membros do grupo.
27. Todos os membros do nosso grupo de 32 mudamos para o novo hotel mas mais uma vez sem qualquer apoio no transfer, nem transporte.
28. No seguimento de todas estas mudanças a minha filha de 2 anos esteve metade da semana doente com vómitos e febres, o que resultou que os pais dela também tivessem as férias confinadas. Esta ocorrência foi objecto de participação ao seguro de viagem dando origem ao sinistro referência:xxx
Tudo o que é descrito em cima tem a documentação correspondente comprovando os factos. Poderemos enviar toda essa documentação em sede própria quando solicitado.
Tudo o que em cima está descrito demonstra por parte da Pullmantur um total desrespeito pelos seus passageiros mas também pela própria vida humana mal tratando de uma forma que nunca pensei ser possível os seus clientes.
Por parte da Pullmantur houve também o crime claro de Coacção na apresentação de um contrato falso, sem tempo entre a decisão e a prestação do novo contrato, que nunca teve intenções de cumprir, levando os passageiros a optar por um hotel em Tenerife que nunca foi contactado para a estadia dos mesmos levando-nos para Hoteis de menor qualidade.
A Pullmantur ainda entregou aos passageiros contratos de prestação de serviços e de seguros de viagem todos em Espanhol, sendo que o serviço foi contratado em Portugal, e tendo a empresa Pullmantur escritórios representativos em Lisboa.
Aquilo que exigimos é a abertura de um processo compensatório de todo o nosso grupo sendo que não iremos parar até que seja feita a mais digna justiça tanto ao nível Português como, se necessário, às entidade competentes da União Europeia.
Aguardamos resposta com a maior brevidade possível.
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