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Experiências MSC Cruzeiros

O meu Cruzeiro nas Arábias no novo MSC World Europa (o melhor de dois mundos)

No Dubai
Eu sei! Demorei imenso a publicar a minha reportagem sobre o Cruzeiro no Dubai a bordo do MSC World Europa... Mas já está cá fora, e vale bem a pena, já que está repleta de fotografias, vídeos, e muitas dicas sobre os magníficos portos de escala que visitámos (Dubai, Abu Dhabi, Doha, Sir Bani Yas e Dammam). Digam-me, por favor, se gostaram! ;-)

Foi mais um cruzeiro das arábias que fizemos a bordo do novo MSC World Europa, naquela que foi a temporada de estreia do maior navio da MSC Cruzeiros (e o mais espetacular, já vos mostro).

O programa para este cruzeiro de grupo há muito que estava esgotado e, eu e o Marco Lima, tivemos o privilégio de levar até aos Emirados Árabes Unidos 50 passageiros de todo o país e, inclusive, do estrangeiro. Foi épico, devo dizer-vos, a todos os níveis. Todos simpáticos, divertidos, solidários com todos (e com os tour leaders), compreensivos, pontuais e bons contadores de histórias.

O nosso programa para este cruzeiro de grupo

É certo que o navio, novinho e com múltiplas opções de entretenimento, ajudou imenso, mas o itinerário continua no topo das minhas preferências. Tem de tudo, desde tradição, cultura e religião, a luxos, modernices e excentricidades.

A nossa proposta englobava, não só 7 noites a bordo do MSC World Europa, com tudo incluído, mas também 2 excursões no Dubai, com visita à parte antiga (num tradicional barco dhow) e à mais moderna, que incluía o Jardim dos Milagres, o Dubai Frame, a zona financeira do Burj Khalifa, com direito a espetáculo das fontes, e um exclusivo jantar no restaurante The Burj Club.

Dia 1 – Dubai, Emirados Árabes Unidos

Bairro Al Fahidi

Mas começando pelo início, chegamos ao Dubai bem cedo, depois de um voo que nos permitiu – aos que conseguiram pelo menos – descansar umas horinhas antes do primeiro dia, que seria passado essencialmente pelo distrito de Deira, o mais antigo e tradicional centro comercial do Dubai.

À saída do aeroporto já tínhamos o nosso transfer com os nossos guias, Ricardo e Jeane, que nos iam mostrar o melhor do Dubai em português. O Ricardo está há 10 anos no Dubai recebendo turistas em várias línguas, e a Jeane é brasileira, portanto nestas excursões não havia qualquer barreira linguística.

Começamos o passeio pelo histórico bairro de Al Fahidi, com as suas ruas estreitas e edifícios antigos, pintados em tons de areia e com grandes torres de vento. Estas construções captavam o ar e redirecionavam para o seu interior, arrefecendo, desta forma, as casas do início do século passado.

Hoje, o bairro é um museu ao ar livre e uma montra de como era o Dubai antes do petróleo chegar. Foi possível visitar alguns destes edifícios, onde constatamos o modo de vida simples desse tempo, baseado no comércio com o Oriente, na pesca e na apanha de ostras, de onde extraiam as famosas pérolas, a primeira grande riqueza deste emirado.

Palácio do Governador, Dubai

Chegamos ao Dubai Creek, um pequeno braço de mar que separa Bur Dubai de Deira, o coração do Dubai antigo. Para passar para outra margem, utilizamos os barcos tradicionais, chamados de “abras”, que pelo valor simbólico de 1 dhiram (cerca de 0,30€) nos transportam, a qualquer hora do dia, até Deira.

Em Deira temos os tradicionais souks do Dubai, com destaque para o mercado do ouro, das especiarias e dos tecidos. É de facto fervilhante o ambiente destes mercados, com as suas ruas repletas de clientes e de turistas à procura do melhor produto e da melhor recordação.

Não se coíba de regatear porque aqui vai ser mesmo preciso se quiser trazer algum presente. Só não vai conseguir trazer o maior anel de ouro do mundo, registado no Guiness, com os seus respeitosos 58 quilos de ouro.

Deixamos o tradicional Dubai para embarcar no MSC World Europa, ainda a tempo de almoçarmos a bordo, sendo que o processo de check-in foi extremamente rápido. De notar que o nosso passaporte fica a cargo da MSC Cruzeiros para preparação da nossa entrada nos portos seguintes, sendo devolvido para o nosso camarote nos dias seguintes.

Mas sobre o navio falo mais a frente com mais pormenor.

Dia 2 – Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos

Grande Mesquita Sheikh Zayed

Várias pessoas, do nosso grupo de 50, saíram bem cedo para algumas das muitas excursões que se podem fazer em Abu Dhabi. Por exemplo, uma city tour pelo centro da cidade de Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos e sede do governo, bem como casa da família real do emirado, a família Nahyan.

As principais atrações de Abu Dhabi são a Grande Mesquita do Sheikh Zayed, uma obra prima da arquitetura islâmica, que merece visita obrigatória, o Emirates Palace Hotel, a Corniche de Abu Dhabi, também conhecida por Manhattan da Arábia, com a sua grande avenida em frente ao mar e com os arranha-céus no horizonte.

Aqui em Abu Dhabi também podemos visitar o Ferrari World Park, para os amantes não só da Ferrari, mas também da velocidade. As atrações vão desde a montanha russa a corridas e atividades lúdicas para toda a família. Tem também um museu dedicado à Ferrari e pode, inclusive, experimentar uma volta numa viatura da marca.

Outras excursões são uma visita ao Circuito de F1 Yas Marina, o Museu do Louvre, bem como um passeio pelo deserto em modernos jipes com passagem por pequenas aldeias que mostram o estilo de vida destas comunidades.

Mas o ex-libris de Abu Dhabi é sem dúvida a Grande Mesquita, um obra de incrível beleza, que (não sei como) ainda não foi considerada uma das 7 Maravilhas deste mundo.

Foi para lá que seguimos com um pequeno grupo de 20 pessoas, num minibus alugado à saída do Porto Zayed. Conseguimos um negócio de cerca de 15€ por pessoa que ainda nos levaria até à Corniche de Abu Dhabi com passagem pelo Emirates Palace.

Grande Mesquita do Sheikh Zayed

A Grande Mesquita do Sheikh Zayed tem capacidade para 40 mil fiéis e demorou 9 anos a ser construída. O seu estilo mistura várias correntes da arquitetura islâmica como a persa, a egípcia e o indo-islâmico, e os principais materiais usados são o mármore e o ouro. É também casa do maior tapete do mundo, com mais de 35 toneladas e de origem iraniana, mas também dos sumptuosos candeeiros repletos de cristais Swarovski.

A entrada na mesquita é gratuita mas a segurança é elevada. Temos de proceder a um registo, online ou no local, e depois, passar por um raio-x, semelhante aos aeroportos. O vestuário deve ser conservador, calças para os homens e mulheres cobertas até aos tornozelos, com um lenço na cabeça.

Principais atrações em Abu Dhabi:

  • Grande Mesquita Sheikh Zayed
  • Emirates Palace
  • Museu do Louvre Abu Dhabi
  • Circuito Yas Island
  • Corniche de Abu Dhabi
  • Palácio Presidencial Qasr Al Watan
  • Ferrari World Park

Dia 3 – Sir Bani Yas, Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos

Em Sir bani Yas

Esta ilha, pertencente ao emirado de Abu Dhabi, é essencialmente ocupada pela reserva natural, um santuário de vida selvagem onde os animais, como girafas e avestruzes, vivem em total liberdade, que pode ser visita em excursões da própria MSC Cruzeiros.

A outra parte da ilha é a área exclusiva dos passageiros da MSC Cruzeiros que podem passar um belo dia de praia ou praticar algum desporto aquático como snorkeling, paddle boarding nas águas calmas da reserva, e até kayak para uma ou duas pessoas. Também poderá explorar a ilha em bicicletas.

Atualmente, o cais em Sir Bani Yas permite a atracagem de dois navios em simultâneo, mesmo que um deles seja o gigante MSC World Europa, com facilidade de embarque e desembarque a qualquer altura do dia.

Dia 4 – Navegação

O dia de navegação foi passado (obviamente) a bordo do MSC World Europa, mas sobre isso falo mais abaixo neste artigo.

Dia 5 – Dammam, Arábia Saudita

Al Khobar, Dammam

Foi talvez a desilusão do cruzeiro. Primeiro porque a Arábia Saudita exige visto para entrada no país, mesmo sendo uma visita de poucas horas. O processo foi moroso e burocrático, feito totalmente online através de um site em árabe ou inglês. Obviamente, se o país pretende abrir-se ao turismo, e saudamos esse objetivo, terá ainda que melhorar este processo, embora não tenha sido só neste aspeto que se notou a menor preparação para o turismo, nomeadamente, o de cruzeiros. Depois, porque o porto de Dammam, um dos maiores do país, está mais bem preparado para navios contentores e petroleiros.

Dammam é essencialmente uma cidade construída pela companhia de petróleo saudita para exportação de petróleo e gás. Como tal, não está totalmente capacitado para os navios de cruzeiro. Não tem nada à sua saída que nos permita recorrer a táxis ou transportes destinado aos cruzeiristas. Fica igualmente longe dos maiores pontos de interesse, como Khobar ou Dharan.

Foi precisamente para Khobar que partimos à descoberta aproveitando o transfer gratuito que a MSC disponibizou para todos os passageiros. Mesmo assim foi uma viagem de 40 minutos até um dos subúrbios de Dammam conhecida pela sua grande corniche, a curta distância da majestosa ponte de 25 quilometros, que liga a Arábia Saudita ao Bahrein.

Dammam

Aqui em Khobar, passeamos pela agradável marginal com destino à Khobar Water Tower, uma icónica estrutura situada numa pequena ilha, e que proporciona magníficas vistas sobre a cidade e sobre o mar. Lamentavelmente ainda se encontrava em obras, pelo que não foi possível entrar no monumento.

Bem perto podemos visitar a Al Khobar Corniche Mosque, uma elegante mesquita aberta ao publico para visitas, uma de muitas que existem nas imediações.

De notar que aqui, na principal corniche de Al Khobar, não havia muitos táxis nem lojas para turistas, o que confirma a pouca preparação da cidade para receber turistas, que na verdade, também não se viam em abundância.

Além de Khobar, um dos destinos mais requisitados aqui em Dammam, foi a excursão ao Oásis de Al Asha, local Património Mundial da UNESCO, que fica a 2 horas do terminal de cruzeiros. Sendo um dos maiores oásis do mundo, aqui podemos apreciar palmeiras, cascatas e as nascentes da Montanha de Al-Qarah.

Principais atrações em Dammam:

  • Corniche de Dammam
  • Centro de Artes de Dammam
  • Parque Nacional de Al Khobar
  • Half Moon Bay em Al Khobar
  • Forte de Al-Marjan
  • Mesquita King Fahd

Dia 6 – Doha, Qatar

Doha, Qatar

A capital do Qatar é outro segredo bem guardo (ou talvez não) do Golfo Pérsico. Doha tem um misto de cidade moderna e cosmopolita ao mesmo tempo que respira cultura e tradição.

A maior parte do nosso grupo optou por algumas (das muitas) excursões da MSC Cruzeiros, enquanto outros escolheram explorar a cidade a pé. O nosso dia começou com um transfer da MSC para o Souk Waqif, numa viagem de 15 minutos desde o moderno terminal de cruzeiros, que ostenta no seu interior um enorme e surpreendente aquário. O Souq Waqif é um grande mercado tradicional que se expande por toda a parte antiga da cidade de Doha, entre ruas estreitas e largos passeios, repletos de lojas, cafés e restaurantes.

Souq Waqif, Doha

A vida agitada deste mercado faz dele uma das maiores atrações da cidade, ideal para compra de recordações e artesanato, tomar uma refeição ou saborear o tradicional chá. O Souq teve ainda mais notoriedade durante o Mundial de Futebol do Qatar, como local preferido para muitas reportagens em direto de televisões e jornalistas de todo o mundo.

O Souq Waqif fica paredes meias com a grande corniche de Doha, uma larga avenida em frente ao mar, que liga a West Bay, um bairro onde se encontram os maiores arranha-céus da cidade e que compõe o incrível skyline de Doha. À noite este horizonte ganha ainda mais vida com a sua iluminação futurista num cenário noturno ainda mais belo do que o do próprio Dubai.

Passamos por baixo da corniche, através de um túnel pedonal que faria corar de vergonha muitas passagens para peões em Portugal, para subirmos depois, já do outro lado da avenida, no enorme calçadão à beira-mar.

Continuando pela agradável corniche de Doha fomos parar a um cais onde atracam os famosos barcos tradicionais, chamados de dhow, e que agora fazem circuitos turísticas pela baía de Doha. Mais uma ótima forma de apreciar a silhueta da cidade e observar de perto toda a extensão da corniche enquanto navegávamos ao sabor das águas calmas do Golfo Pérsico.

DUB23 - Doha
A Pérola, Doha

Este passeio custou-nos 100€ (depois de uma breve negociação com o jovem comandante da embarcação), cerca de 10€ a cada membro do nosso grupo.

Os dhow fazem parte da cultura qatari há séculos. Estes barcos tradicionais eram essenciais para a pobre economia do Qatar muito antes da chegada do petróleo à Arábia. Eram essencialmente usados na pesca, no transporte de bens, mas sobretudo, na extração de pérolas do fundo do mar. Esta atividade, aliás como no vizinho Dubai, era o principal setor de empregabilidade dos homens até meados do século 19, altura em que a indústria do petróleo começou a despontar.

Mesquita Al Shouyoukh

Mas voltando do agradável passeio de dhow, entramos no Centro Cultural Islâmico Sheikh Abdulla Bin Zaid Al Mahmoud, já às portas do Souq Waqif. O centro é uma importante instituição do Qatar, que fomenta a cultura árabe e a religião islâmica em todas as suas vertentes, através de exposições, palestras e circuitos interativos com recurso a realidade virtual, que tivemos oportunidade de experimentar.

Usando os óculos especiais, e com ajuda do prestável e simpático ancião, viajamos no tempo para percebermos como nasceram os pilares do Islão e como Maomé conseguiu unir várias tribos árabes sob a mesma fé. Explicou-nos ainda o significado de vários versículos do Islão, elegantemente emoldurados nas paredes do centro, e acompanhados por exemplares do Corão, alguns deles autênticas relíquias, expostos em várias bancadas.

Centro Islâmico

O centro engloba ainda uma mesquita que o ancião teve a amabilidade de abrir só para o nosso grupo. Entre mais algumas explicações sobre o modo de vida islâmico, contemplamos o interior da mesquita com o seu elegante tapete a cobrir todo o chão em frente ao Mimbar, o púlpito onde o ímã profere o sermão das sextas-feira. Uma das características desta mesquita é o seu minarete em espiral, que se revela em toda a baixa da cidade de Doha.

Doha, Qatar

Doha tem muito para revelar, desde os modernos arranha-céus ao mercado tradicional, a cidade não pára de nos surpreender e de nos fazer querer voltar.

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Além das visitas que fizemos neste dia, Doha tem muitas outras atrações, das quais vou destacar aqui algumas, que ficarão como desculpa para voltar numa próxima oportunidade.

  • Museu Nacional do Qatar
  • Centro Cultural de Katara
  • A Ilha The Pearl
  • Museu de Arte Islâmica
  •  Forte de Al Zubarah
  • Centro Comercial Villaggio
  • Mesquita Sheikh Muhammad Ibn Abdul Wahhab

Dia 7 – Dubai, Emirados Árabes Unidos

Chegamos ao último porto deste cruzeiro, o Dubai. Mas não vai ser uma simples paragem, já que esta escala é um overnight como se costuma dizer, que basicamente significa que o navio fica neste porto de um dia para o outro. E que melhor sítio para ficar uma noite extra que o Dubai? Há alguns com certeza, mas não muitos, e este será explorado ao máximo pelo nosso grupo.

Primeiro, porque após o desembarque já tínhamos marcado uma série de excursões, previamente definidas, como a zona do Burj Khalifa e o fantástico Museu do Futuro. Depois, porque o dia anterior ao desembarque podíamos explorar o Dubai por nossa conta, de preferência com visitas que não estariam programadas para o dia seguinte.

E assim fizemos. Optamos por visitar o Jardim dos Milagres e o Dubai Frame da parte da manhã, e de tarde fomos ao deserto percorrer as dunas de jipe, ver o pôr do sol, andar de camelo e jantar como os beduínos, em pleno acampamento.

Jardim dos Milagres, Dubai

O Jardim dos Milagres é um dos mais excêntricos projetos do Dubai. Além de ser o maior do mundo (claro) consegue dar vida a mais de 50 milhões de flores, e 250 milhões de plantas, em pleno deserto! É de facto incrível! E perguntam vocês, como é que irrigam este enorme jardim, quando só chove meia dúzia de vezes por ano aqui no Dubai?

Simples, a água é captada diretamente das águas residuais da cidade e transportada por condutas próprias para as instalações do jardim, onde é filtrada e convertida em água de alta qualidade para as plantas e flores. A rega, por sua vez, tem lugar apenas uma vez por dia, realizada sempre durante a noite. Incrível não é?

Incrível é também as formas das estruturas florais que nos é apresentada no jardim, desde personagens da Disney em tamanho gigante a castelos de contos de fadas passando por uma réplica em tamanho real de um Airbus A380 da Emirates. Tudo só com flores. Notável.

O Jardim dos Milagres encontra-se encerrado entre maio e setembro, que coincide com os meses mais quentes no Dubai.

Dubai Frame

Ainda da parte da manhã subimos ao Dubai Frame, uma moldura de 150 metros de altura que nos mostra, por um lado, o passado do Dubai, e por outro, o futuro e a visão que os responsáveis do emirado têm em diversos domínios. A estrutura está precisamente localizada ao lado da Sheikh Zayed Road, criando uma divisão da parte antiga do Dubai, olhando para norte, para a parte sul, onde se encontram os novos bairros e o centro financeiro da cidade.

As vistas são fantásticas para ambos os lados do Dubai Frame. E para os mais destemidos, parte do chão da plataforma superior da moldura, é totalmente em vidro, deixando ver tudo por baixo de nós, a 150 metros de altura.

Voltamos ao navio para um almoço rápido, já que da parte tarde já tínhamos comprado uma excursão ao deserto. Uma das vantagens de atracar no Dubai é a grande oferta de empresas que fazem excursões para todo o lado, diretamente desde o terminal de Port Rashid. Existem vários balcões dentro do terminal com ofertas para todo o tipo de destinos. E além disso existem táxis e Ubers disponíveis logo à saída.

Deserto, Dubai

 

Optamos por uma excursão ao deserto num operador que custou cerca de 40€ a cada membro do grupo. A excursão incluía uma “corrida” de jipe nas dunas, um passeio de camelo e um jantar no deserto com espetáculos com dança do ventre e mestres do fogo.

Devo dizer que a emoção nos jipes não foi má de todo, mas o jantar ao estilo buffet foi muito confuso e sem uma qualidade aceitável. Nada de especial também em relação aos dois espetáculos. No final este operador não vai ficar nas minhas recomendações, sendo preferível optar por outros, com valores de venda bem superiores mas também com serviço de mais qualidade.

O dia foi longo e estamos de regresso ao navio para a nossa última noite a bordo.

Dia 8 – Dubai, Emirados Árabes Unidos

Burj Khalifa

Dia de desembarque é sempre aquela sensação já de saudade deste magnífico navio, mas a programação para hoje criava uma enorme expectativa. Senão vejamos: Subida ao Burj Khalifa, Dubai Mall, Museu do Futuro e Jantar no Burj Club com vista para o espetáculo das fontes, que ocorre de meia em meia-hora, sempre a partir das 18h.

Deixamos o MSC World Europa após o pequeno almoço, numa saída rápida e eficaz e, cá fora, já nos esperavam os nossos simpáticos guias, Ricardo e Jeane, que já nos tinham guiado pelo Dubai Antigo. Mas hoje o destino era o Dubai Moderno!

Primeiro destino: a torre mais alta do mundo, o majestoso Burj Khalifa com os seus espantosos 828 metros de altura! E nós vamos subir ao 125º andar para contemplar as vistas do Dubai, toda cidade cabe nesta paisagem de 360 graus que se obtém do Burj Khalifa. E ainda há uma plataforma mais acima, no 154º andar, com 585 metros.

A título de curiosidade, sabiam que o nome original era Burj Dubai (Torre Dubai)? Pois é, mas após a crise financeira de 2008, a Emaar, a empresa construtora, passou por sérias dificuldades e o Dubai pediu auxílio financeiro ao vizinho emirado de Abu Dhabi. Nessa altura o Sheikh Zayed Al Nahyan, líder (khalifa) de Abu Dhabi e dos Emirados Árabes Unidos (na altura) concedeu um empréstimo de milhares de milhões de dólares ao Dubai para pagar as suas dívidas e acabar a construção do mega-empreendimento. A 4 de Janeiro de 2010 nascia oficialmente o Burj Khalifa, o prédio mais alto do mundo, com um custo total de 1.5 mil milhões de dólares. Em 2019, o último ano pré-pandemia, a estrutura recebeu mais de 6 milhões de turistas.

Após uma longa espera na fila, lá subimos num super-elevador que nos levaria ao 124º piso em exatamente 1 minuto! As fotos que podem ver neste artigo falam por si! A maior atração do Dubai vale cada centavo!

DUB23 - Nuno Burj Khalifa
No Burj Khalifa

O resto da manhã foi passado no Dubai Mall, o gigante centro comercial na base do Burj Khalifa, repleto das melhores lojas à face da Terra, incluindo um grande aquário, que se estende por vários pisos, sendo possível observar as suas espécies diretamente dos corredores do Dubai Mall.

O Museu do Futuro era a nossa próxima paragem, não muito longe do complexo do Burj Khalifa. O museu, que já foi considerado o edifício mais belo do mundo pela National Geographic, possuiu uma fachada de aço inoxidável iluminada por 14 mil metros de caligrafia árabe, onde se pode ler frases do Sheikh Mohammed Rashid Al Maktoum, como por exemplo, “O futuro pertence àqueles que conseguem imaginá-lo, projetá-lo e executá-lo.”

Museu do Futuro

A estrutura de sete andares está dividida por áreas: o espaço, os ecossistemas, a bioengenharia, a saúde e o bem-estar, com uma forte presença de realidade virtual e aumentada, robótica e inteligência artificial.

No final da tarde regressamos ao Burj Khalifa para vermos o espetáculo das fontes, que junta potentes jatos de água, música e uma coreografia de luzes que é projetada na fachada envidraçada do maior prédio do mundo. O Dubai Fountain junta milhares de pessoas todas as meias-horas para assistir a este verdadeiro espetáculo de luz e som.

Também tivemos a oportunidade de assistir desde o The Burj Club, com a noite já instalada no Dubai. Este restaurante fica situado no complexo do Burj Khalifa com vistas privilegiadas para o edifício e também para o Dubai Fountain.

Restaurante The Burj Club

Foi um ótimo jantar numa magnífica localização, para acabar em beleza esta nossa aventura pelas Arábias.

Principais atrações no Dubai:

  • Burj Khalifa, Dubai Mall e Dubai Fountain
  • Dubai Marina
  • Hotel Burj Al Arab
  • Dubai Frame
  • Palm Jumeirah
  • Jardim dos Milagres
  • Bairro Histórico de Al Fahidi
  • Passeio de barco pelo Dubai Creek
  • Passeio e Jantar no Deserto

Sobre o MSC World Europa

Em Doha

 

O MSC World Europa, apesar de ser novo, não era uma novidade para mim, uma vez que tive o privilégio de passar uns dias a bordo aquando da sua inauguração em Doha, no Qatar, no final de 2022. Essa reportagem alargada do MSC World Europa pode ser lida aqui.

Desta vez fui, não como convidado, mas sim como passageiro e isso muda um pouco a percepção das coisas. O navio continua excelente, como é óbvio, com grandes atrações das quais vou destacar aquelas que mais gostei.

Em primeiro lugar o seu novo formato, o facto de ser uma classe nova, que mistura um pouco da classe Seaside com a classe Meraviglia. Aqui gostei particularmente da promenade interior, redesenhada e com mais espaço para lojas e restaurantes, bem como a fluidez entre os três decks.

O facto de, agora, a promenade se abrir para o exterior (no deck 8) eleva para outro nível a experiência do passageiro. Caminhar ao ar livre com lojas, cafés, restaurantes e esplanadas para contemplar as vistas para o oceano é uma adição fantástica à frota da MSC Cruzeiros. De uma promenade interior com um incrível teto em LED para um passeio sob o céu estrelado e com vistas incríveis para o oceano é o que promete a World Promenade.

Mas continuando pelo ar livre, gostaria de referir o espaço ganho no deck das piscinas. Além da incrível piscina principal La Plage, temos uma área nova, só para adultos, que ocupa toda a popa do navio. Além da excelente localização, o espaço conta com duas piscinas, mais pequenas, uma de cada lado, que permite espalhar um pouco os passageiros que pretendem usufruir deste deck.

World Theater

 

Há muitas opções de entretenimento e atividades para crianças neste deck. Vou só referir o parque aquático para os pequenos (e grandes) chamado Aurora Borealis Aquapark e, no deck 20, o The Venon Drop, o escorrega seco na popa do navio e o ginásio MSC Gym. No centro está o Sportplex com mais uma novidade: os carrinhos de choque elétricos com são super-divertidos.

Ao nível dos restaurantes, e como estávamos com um grupo de 50 pessoas, optamos sempre por jantar todos juntos no restaurante principal La Foglia, onde o serviço foi sempre muito eficiente e com uma boa qualidade em termos de pratos servidos.

A animação esteve sempre muito presente, principalmente à noite, com muita atividade na promenade exterior, palco de muitos espetáculos de rua, em conjugação com os jogos de luz projetados nas paredes do MSC World Europa. Igualmente no deck das piscinas havia sempre DJ pela noite dentro, sempre acompanhado por uma equipa de bailarinos muito ativa.

Já dentro do navio, o bar Masters of the Sea, a cervejaria preferida de muitos passageiros, que além da ampla oferta de cervejas internacionais, tinha sempre música ao vivo exemplarmente interpretada por um músico convidado. Passamos aqui boas horas em amena conversa, sempre com uma boa cerveja a acompanhar, inclusive a Oceanic, a cerveja da MSC Cruzeiros totalmente fabricada a bordo!

O que mais gostei deste cruzeiro

  • O itinerário é de facto fabuloso com os principais destaques para o Dubai, Abu Dhabi e Doha;
  • A promenade interior e exterior do MSC World Europa é fantástica, de dia ou de noite;
  • O deck das piscinas, maior e com mais espaço, permite distribuir melhor as pessoas por vários locais;
  • Masters of the Sea é o meu bar preferido a bordo do MSC World Europa (também há noutros navios);
  • O serviço no restaurante principal foi eficaz e rápido, com muita simpatia dos funcionários;
  • A chocolateria do chefe Jean-Philippe Maury continua no topo, com os seus chocolates e crepes;
  • O check-in foi dos mais rápidos que presenciei (no terminal do Dubai);
  • A juventude neste cruzeiro! Acho que foi dos cruzeiros em que verifiquei mais jovens a bordo, inclusive muitas famílias com crianças pequenas;
  • Dizem que há um Bar secreto no MSC World Europa… não o encontrámos, mas vamos voltar (já sabemos onde é!)

O que menos gostei deste cruzeiro

  • Com capacidade para mais de 6 mil passageiros é comum haver congestionamentos, principalmente no buffet e nos elevadores. O truque é simples, evitar as horas de ponta;
  • Fiquei admirado por não haver sumo natural ao pequeno-almoço (como é possível?);
  • Já tinha falado nisto, há alguma falta de fluidez no deck das piscinas, entre a popa e a piscina principal;
  • A escala em Dammam, na Arábia Saudita. Há muita evolução pela frente neste porto, principalmente nos serviços aos turistas;

Conclusão

DUB23 - Dubai
O nosso maravilhoso grupo, no Dubai.

Foi incrível! Só posso estar agradecido a todos os que vieram connosco nesta magnífica viagem organizada pela Famatour, e liderada pelo meu amigo Marco Lima.

Levamos 50 pessoas de todo o país, e até do estrangeiro, a esta magnífica região do Golfo Pérsico, um itinerário de excelência que junta cultura, arquitetura, religião, deserto, luxo e muita excentricidade. Passamos por locais magníficos como Dubai, Abu Dhabi ou Doha, mas existem outros que são igualmente grandes destinos, como Muscate ou Khasab, ambos em Omã.

Seja no MSC World Europa, ou noutro navio qualquer, este itinerário estará sempre no topo das nossas preferências e fazemos questão de voltar no próximo ano!

A todos que nos acompanharam o meu muito obrigado!

 

 

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About the author

Nuno Ribeiro

Olá, o meu nome é Nuno Ribeiro e sou fundador do Blog dos Cruzeiros, um blog sobre o mundo dos grandes cruzeiros, onde pode encontrar notícias, opiniões, sugestões, guias, companhias, navios e muito mais. Sempre que subo a bordo de um navio descrevo toda a experiência aqui para que possa ajudar quem pretende fazer um cruzeiro. Boas leituras!

1 Comment

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  • Que pena não me ter apercebido deste cruzeiro de grupo ás Arábias quero ir num próximo que organizem. Estive a ver o vosso cruzeiro de Verão ás Caraíbas mas já conheço alguns locais e tenho que selecionar as zonas que não conheço.Mas sempre que tiverem mais viagens de grupo digam por favor adoro viajar e sózinha não vou e á vezes com amigas não é fácil então sou uma candidata a futuras viagens vossas.Obrigado Maria Teresa Branco

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