Surpreendente!
No mínimo é o que posso dizer da minha experiência a bordo do luxuoso EXPLORA I, no primeiro itinerário do navio da Explora Journeys!
Isto para mim, claro, um cruzeirista habituado a companhias mais populares, seja nas mais baratas ou até nas premium.
E mesmo tendo já experimentado um Yacht Club (da MSC Cruzeiros), desengane-se quem pensa que esta companhia é um Yacht Club em ponto grande! Não é! E vou explicar porquê neste artigo!
Este primeiro itinerário recebeu muitos passageiros a bordo, mas também convidados importantes para a companhia, entre os quais parceiros e agentes de viagem de todo o mundo, numa viagem de 7 noites desde Copenhaga, na Dinamarca, até à incrível Reiquiavique, na Islândia.
A maior atração: experienciar o novo conceito de cruzeiro de luxo que a Explora Journeys vai proporcionar a todos os seus clientes, já a partir desta primeira viagem. E há muito para conhecer desta nova companhia que pretende revolucionar o luxo das férias em navios de cruzeiro.
O novo conceito “Ocean State of Mind”
A Explora Journeys pertence ao Grupo MSC, com larga experiência no turismo de cruzeiros, entra, agora, num campeonato dominado por reputadas companhias como a Regent Seven Seas, Silversea, Seabourn, entre outras.
Na verdade, a Explora Journeys colocou a fasquia bem alta, exibindo um luxo sofisticado, sóbrio, sem extravagâncias, com um ambiente íntimo e um serviço excecional, de grande proximidade com o passageiro. Não foi, com certeza, por acaso, que muitos dos tripulantes da Explora Journeys foram recrutados a estas companhias de luxo, bem como a cadeias de hotéis do mesmo segmento.
A construção do seu navio, o EXPLORA I, o primeiro de seis da mesma classe, reflete também os valores e os objetivos da companhia ao entrar neste lucrativo mercado dos cruzeiros de luxo. As acomodações do EXPLORA I incluem apenas três categorias, todas elas com varandas viradas para o mar e com janelas do chão ao teto: suítes, penthouses e residences como se refere a companhia.
Com capacidade para 922 passageiros, o EXPLORA I tem uma das mais altas taxas de tripulantes por passageiro, com 1 tripulante para cada 1,25 passageiros, garantido uma experiência mais luxuosa. O navio oferece ainda vários jacuzzis, interiores e exteriores, 3 piscinas exteriores aquecidas, incluindo uma só para adultos, e uma das maiores piscinas interiores da indústria.
A Gastronomia de Autor
A experiência gastronómica também faz da Explora Journeys um paraíso para os foodies. Liderada pelo chef francês Franck Garanger, a companhia está focada numa gastronomia de topo, saudável e proveniente de fontes locais e sustentáveis.
A coleção de restaurantes a bordo do EXPLORA I é vasta e variada, com 6 opções para jantar e 2 restaurantes com taxas aplicadas. O Anthology, de cozinha requintada com chefes convidados de todo o mundo e o Chef’s kitchen, uma experiência privada e intimista para 12 passageiros, onde os próprios são convidados a descobrir novos sabores e texturas e ajudados por especialistas.
Os restaurantes incluídos são o Sakura, de gastronomia asiática, o Marble & Co. Grill para grelhados, o Med Yacht Club para sabores Mediterrânicos, o Fil Rouge inspirado na cozinha francesa e o Emporium Marketplace, um buffet com mais e melhor oferta que os tradicionais, distribuído por 18 estações. Além disso, a companhia tem – de dia ou de noite – um serviço à la carte na suíte, denominado In-Suite Dining.
Mas chamar “buffet” ao Emporium Marketplace é claramente subvalorizar este espaço. Este, não é comparável com qualquer buffet de uma companhia de cruzeiros regular, ou até de uma companhia premium.
Primeiro, porque é servido pela tripulação, e não por nós próprios, e segundo, porque a qualidade e variedade das opções gastronómicas são de outro campeonato. Só para citar algumas opções: sushi, lagosta, ostras ou camarão, pratos sempre preparados e cozinhados a nosso pedido, ao nosso gosto, e à nossa frente, são presenças diárias no menu deste “buffet”. Além da carta de vinhos disponível, o champanhe standard servido a bordo é o Moet & Chandon.
Os Espaços Comuns
A entrada para o EXPLORA I faz-se diretamente para o Atrium Lobby, no deck 4, um espaço aberto e convidativo, com sofás e poltronas estrategicamente espalhados e uma lindíssima escadaria central que dá acesso ao piso superior.
Em frente temos o bar central ladeado por diversas lojas de marcas de luxo, como a Rolex ou a Cartier, mostrando desde logo que a fasquia para este cruzeiro está muito elevada.
O design e o conforto saltam à vista. O luxo e o serviço complementam. A atenção ao detalhe da tripulação é constante, como é a harmonia na transição entre os amplos espaços, sempre com o mar à espreita e onde o podemos contemplar de diversas formas.
Os Espaços Exteriores
O exterior é outra das zonas em que a Explora Journeys mais se empenhou, com vários espaços de lazer e mais uns quantos bares. Começando pelas piscinas exteriores, existem três em espaços distintos, uma na proa em zona superior com vistas privilegiadas, a Helios Pool & Bar, só para adultos, e duas na popa, uma no deck 10, a Atoll Pool & Bar, e outra no deck 5, com piscina infinita, a Astern Pool & Bar. Todas elas têm um bar associado e diversos espaços com espreguiçadeiras.
Estes espaços nos decks superiores são complementados por outros, todos virados para o oceano, que incluem pista de corrida, dois grandes jacuzzis laterais, um espaço multi-desportivo, que também inclui, um área para fitness no exterior. De realçar também, no deck 11, o espaço do buffet Emporium Marketplace onde se pode almoçar ou jantar ao ar-livre.
A Minha Suite
A minha suite a bordo do EXPLORA I é uma Ocean Terrace, com varanda, claro, já que aqui não há camarotes, nem interiores nem exteriores, sendo tudo suítes com varanda. Estão divididas como Suítes, Penthouses e Residences. De realçar que temos cafés, chás, minibar, com bebidas incluídas e varanda com sofa.
Temos igualmente uma leve luz LED noturna, por baixo de cada mesa de cabeceira, ativada por movimento, muito útil durante a noite, quando nos levantamos para usar a casa de banho, por exemplo, sem necessidade de ligar as luzes da suíte.
A própria casa de banho é ampla, com produtos de cosmética próprios e até o chão, em imitação de mármore, pode ser aquecido através de um comando na parede. O closet tem espaço mais que suficiente para arrumação, com robe, chinelos e um secador da marca Dyson.
Veja o video da minha suíte:
Qual é o dress code na Explora Journeys?
Não existe dress code a bordo da Explora Journeys, apenas uma recomendação da companhia: Elegant Casual ou Casual Chic, como preferirem. Lembro que na Explora não existem festas temáticas, noites do comandante ou festas tropicais. Como tal, o ambiente sentido a bordo é relaxado mas muito elegante.
Explora Journeys é um MSC Yacht Club em ponto grande?
Nada disso. Embora se possa encontrar pontos comuns, na Explora todo o conceito é virado para o oceano através do seu “Ocean State of Mind“, que faz convergir todo o ambiente a bordo para o oceano, procurando o relaxamento e a descoberta. Na Explora Journeys a oferta gastronómica é rica e variada, com 6 restaurantes incluídos e o entretenimento é mais íntimo e próximo do passageiro, sem grandes produções musicais ou teatrais.
Na Explora Journeys não há reservas prévias nem filas para entrar ou sair do navio. O regime é tudo-incluído, com bebidas premium ilimitadas, gratificações incluídas e internet de alta qualidade.
O meu Cruzeiro de Copenhaga a Reiquiavique
Dia 1 – Copenhaga
O cruzeiro inaugural da Explora Journeys foi um itinerário de 7 noites, com embarque em Copenhaga e escalas em Lerwick, Ilhas Shetland, Kirkwall, Ilhas Orkney, ambas na Escócia, com desembarque em Reiquiavique, Islândia.
O check-in é no terminal de Ocean Quay com transfer da companhia desde o Hotel Crown Plaza, onde ficamos enquanto esperávamos que o navio chegasse a Copenhaga. Atenção que, na capital da Dinamarca, existem três terminais de cruzeiro: Langelinie, Nordre Toldbod e Ocean Quay, este último o mais moderno mas também o mais afastado da cidade.
Uma vez no terminal tínhamos uma atuação de um pianista e o habitual serviço de uma companhia de luxo, sumos, limonadas, champanhe Moet & Chandon acompanhados de pequenos doces. O check-in é feito em mesas individuais e foi suficientemente rápido. Em cerca de 20 minutos estávamos a bordo, com entrada direta para o Atrium Lobby, no deck 4,
O jantar foi no buffet, um elegante espaço onde somos servidos, ao contrário da norma, e onde se distingue, mais uma vez, o serviço superior desta companhia. Alimentos cozinhados no momento e a pedido do passageiro, especialmente grelhados como salmão, camarão e lagosta. Também existe comida asiática, como por exemplo, sushi. Com o pacote de bebidas premium incluído fomos servidos com Moet & Chandon.
À noite, a animação foi reduzida, talvez por ser a primeira noite, apenas uma atuação ao vivo do DJ residente, no Astern Lounge, no deck 5.
Dia 2 – Navegação
Este itinerário tinha 3 dias de navegação, o primeiro dos quais entre Copenhaga e Lerwick, nas Ilhas Shetland, Escócia. Foi, essencialmente, passado a descansar e a explorar os espaços do EXPLORA I. Conhecer as magníficas lojas e marcar a excursão para Reiquiavique, neste caso, à famosa Blue Lagoon pela “módica” quantia de 220€ por pessoa.
As excursões no EXPLORA I podem ser marcadas num gabinete com atendimento personalizado no deck 4. Existem três portos de escala neste itinerário e cada um tem diversas opções, a maior parte delas exclusivas, ou personalizadas. Vista aérea de certas zonas, como crateras, vulcões em helicóptero, por exemplo, ou ainda uma viatura exclusiva com guia privativo, todas com valores nos 4 dígitos!
Existem outras mais acessíveis, como tours pelo destino ou observação de baleias em botes semi rígidos, estas já na casa dos 200€ a 500€ por pessoa. Optamos por uma das mais baratas, visita à Blu Lagoon, já que nos outros portos é possível explorar as localidades a pé.
O resto da tarde foi passado nas diversas piscinas exteriores a aproveitar o bom tempo que ainda se fazia sentir no Mar do Norte e a tirar algumas fotografias para o habitual “registo”. Ainda tivemos tempo para fazer a reserva para dois restaurantes, o asiático Sakura e o Marble & Co. Grill especializado em grelhados. Ambos estão incluídos na tarifa do cruzeiro.
O restaurante eleito para a noite foi o Med Yacht Club, de comida mediterrânica e onde se comeu muito bem, a todos os níveis. Polvo grelhado, presunto ibérico, camarão tigre com tomate, acompanhado por champanhe Moet & Chandon. Os pratos principais foram Filet Mignon e Linguado “alla putanesca” e para sobremesa uma mistura de 60% chocolate e gelado e também um sweet caprese, com morangos e tomate cereja.
À noite ainda assistimos a parte de um espetáculo musical mais intimista dedicado a Billy Joel, no Journeys Lounge, um pequeno anfiteatro, no deck 4.
Dia 3 – Lerwick, Ilhas Shetland, Escócia
O navio ancorou ao largo, já que o cais disponível estava já reservado para o nosso Vasco da Gama, da Nicko Cruises. Como tal, entraram em ação os tenders do EXPLORA I que nos levaram até ao porto de Lerwick, numa curta viagem de 10 minutos.
O tempo estava fresco (cerca de 13 graus), nublado, e com algum vento, o que tornava um pouco desconfortável o nosso passeio a pé. Mas, como somos persistentes, lá fomos para centro antigo de Lerwick, percorrendo as lojas típicas da principal artéria pedonal.
Lerwick é capital das Ilhas Shetland, a maior cidade do arquipélago e principal centro administrativo e cultural da região. Estas ilhas oferecem uma paisagem única, com grandes penhascos, praias isoladas e uma abundância de vida selvagem, tornando-as um paraíso para os amantes da natureza e da fotografia. Têm, também, uma rica herança cultural, com muitos locais históricos e sítios arqueológicos que remontam à era dos Viking, onde a sua presença ainda se faz notar.
Visitamos o Museu de Shetland que nos transporta para os antepassados desta vila piscatória, mas também das ilhas que compõe o Arquipélago das Shetland, um dos alvos favoritos dos Vikings, aquando da sua expansão por esta região durante os séculos 8 e 9.
É aqui que acontece um dos principais festivais das Shetland, o “Up Helly Aa”. Muitos escoceses orgulham-se da sua herança de guerreiros e exploradores escandinavos e fazem uma incrível festa com tochas e armaduras Vikings, regadas com muita cerveja.
As Shetlands são compostas por falésias, cavernas, praias, lagos, pântanos e dunas. Trata-se de um local excelente para o contacto com a natureza exuberante. É também o melhor local de todo o Reino Unido para se observar as auroras boreais, já que estamos perto do circulo polar Ártico.
De seguida entramos no Fort Charlotte, um forte construído no final do século 18, que serviu como defesa estratégica durante as tensões entre a Grã-Bretanha e as potências marítimas do norte da Europa. Hoje em dia, não evoca apenas a história militar das Ilhas Shetland, mas também proporciona uma vista panorâmica das águas circundantes e da parte antiga da cidade de Lerwick.
Ainda de manhã, fizemos uma longa caminhada pela Coastal Walk até Clichimin Broch, um trilho muito bem preservado, longo, mas que vale bem a pena, pela paisagem exuberantemente verde, os campos de golfe e os bairros típicos da ilha.
Depois de uma boa hora de passeio, regressamos ao centro de Lerwick para beber uma cerveja típica da região e voltar para o EXPLORA I. O jantar foi reservado para o francês Fil Rouge, igualmente incluído, e onde não é preciso fazer previamente a reserva.
A ementa escolhida no Fil Rouge foi French Caribbean Crab Cake, Escalope de Fois Gras, Lagosta do Maine e para sobremesa Soufflé Collection e Baked Tart com Chocolate.
Não falo dos vinhos propostos, pois não sou apreciador, mas acompanho sempre bem com champanhe.
Dia 4 – Kirkwall, Ilhas Orkney, Escócia
Hoje o EXPLORA I está em Kirkwall, na Escócia. A cidade é a capital das Ilhas Orkney, um arquipélago a sul das Shetlands, com uma história que remonta aos Vikings e ao período medieval. Tal como Lerwick, Kirkwall não é muito grande e as principais atrações visitam-se bem a pé a partir do porto.
Fomos à Catedral de São Magno, um grande edifício do século 13, construído numa mistura entre românico e gótico, com grandes vitrais e uma imponente nave central. Ainda no centro histórico podemos visitar o Museu de Orkney, que nos transporta para a história rica destas ilhas e da sua forte influência Viking.
Uma das fortes heranças da Escócia está aqui presente com várias destilarias de whisky, gin e cerveja. A mais famosa talvez seja a Highland Park, localizada na Ilha de Mainland, é conhecida por produzir uísque de malte de alta qualidade e tem uma história que remonta a 1798. Em Kirkwall, visitamos a mais pequena The Orkney Distillery onde provamos a cerveja local.
As ruas estreitas são convidativas para um passeio e estão repletas de lojas, cafés e pequenos mercados. Igrejas em Kirkwall também são bastantes e muitas delas podem-se visitar livremente, como a Igreja de St. Olaf ou a Igreja da Escócia, ambas cristãs protestantes.
Em geral, Kirkwall é uma pequena e acolhedora cidade, com ruas muito bem cuidadas, bairros típicos constituídos por pequenas moradias, quase todas sobranceiras ao porto.
Existem alguns hotéis espalhados pelo centro da cidade, mas prepare-se para o frio e para o vento que se faz sentir nestas ilhas. Hoje, em pleno mês de agosto, o tempo estava nublado, com uma máxima prevista de 13 graus, no entanto, não foi raro ver os locais de calções e manga curta, inclusive com crianças, animadamente, a passear pelo centro histórico.
De regresso ao navio, o jantar foi no Japonês Sakura, incluído, mas sob reserva. O restaurante serve gastronomia asiática, com ênfase nos pratos japoneses, tailandeses e vietnamitas. A ementa foi Giosas de Camarão Tigre, Vieiras grelhadas com Puré de Ervilhas, Salada de Caranguejo Real, Tataki de Wagyu, Tártaro de Atum Rabilho, Lagosta Pad Thai, Pavlova Makrut com Manga e Chocolate Branco com Mousse de Tonka.
Dia 5 e 6 – Navegação
Estes dois dias foram passados em navegação a caminho da Islândia, passando ao sul das Ilhas Faroé, pelas águas, surpreendente calmas, do Mar do Norte. Optamos por descansar, usufruir dos espaços exteriores e interiores. A piscina interior é um bom sítio para relaxar, com água a uma ótima temperatura e com muita exposição solar. No navio, estando a cerca de 80% da capacidade, sentimos que temos a piscina só para nós, o que é ótimo.
À noite, o jantar foi no Marbles, uma churrascaria, com muitas opções de grelhados, e, mais uma vez, foi uma desgraça (positiva, claro). O menu foi Salmão Gravlax, Salada de Couve Toscana, Atum com Salada de Manga e Maracujá, Bife Filé “Aubrac”, Medalhão de Vitela com Lagosta e Cheasecake Yuzo.
Dia 7 – Reiquiavique, Islândia
Chegamos a Reiquiavique, a pequena mas magnífica capital da Islândia e uma das cidades que desejava muito conhecer. E a forma como gosto de conhecer é misturar-me com a população e percorrer as ruas centrais, tentado descobrir o melhor que a cidade tem. Claro que levamos um rascunho de um roadmap com as principais atrações a explorar.
E o primeiro destino, e talvez a atração mais popular da Islândia, é a incrível Lagoa Azul, a alguns quilómetros da capital. A Blue Lagoon é uma piscina de águas termais, conhecida pelas suas águas azuis e terapêuticas. A água é rica em minerais, o que a torna benéfica para a pele e para relaxamento.
A temperatura da água na Lagoa Azul varia entre os 38 e os 40 graus, alimentada pela própria Terra a centenas de metros de profundidade. É possível passear e mergulhar na lagoa enquanto se desfruta das paisagens vulcânicas em redor.
Foi, sem dúvida, uma ótima experiência que aconselho vivamente a colocar na sua lista. Não se esqueça de reservar, dada a procura existente por estas águas, sendo que os preços, começam nos 60€ por pessoa com direito a toalha, robe, máscara facial e uma bebida.
Após esta experiência regressamos ao EXPLORA I para almoçar e prepararmos o passeio no centro de Reiquiavique.
O terminal de cruzeiros tem, em intervalos regulares, um serviço de shuttle gratuito até ao centro na cidade, com a estação instalada mesmo em frente ao edifício Harpa. O Harpa Concert Hall é um centro de concertos e conferências com uma arquitetura moderna e fachada de vidro, que é um símbolo cultural e um lugar para performances musicais e eventos.
De seguida, entramos pela rua Skolavordustigur, famosa pelo seu apoio à comunidade LGBT. Durante eventos como a Semana do Orgulho LGBT, a rua é frequentemente decorada com bandeiras arco-íris, simbolizando o orgulho e a inclusão da comunidade. A Islândia é um país progressista em relação aos direitos LGBT e esta rua reflete essa atitude acolhedora e inclusiva.
Ao fundo dessa rua, com um nome impronunciável, fica a famosa Igreja Hallgrímskirkja, de profecia cristã luterana, com uma arquitetura impressionante e uma torre que oferece uma vista panorâmica da cidade. A entrada na igreja é livre mas a subida à torre tem um valor simbólico.
Nas imediações da igreja ainda tivemos tempo para nos abastecer com um cachorro-quente, que dizem, é o melhor da Islândia. Se é ou não, não sei, mas que soube bem, soube.
Descendo as ruas, em direção à marginal, ainda demos um salto à Laugavegur, uma das principais ruas comerciais e de entretenimento da cidade. É conhecida pelas suas lojas, boutiques, restaurantes, bares e cafés, no entanto, parte da sua extensão estava em obras de requalificação.
Ainda na marginal, que liga o centro da cidade ao terminal de cruzeiros, passamos pela Solfar (Viajante do Sol), uma escultura de aço, à beira-mar, que representa um barco viking e simboliza a história marítima da Islândia.
Durante o final do século 8 e início do século 9, os Vikings noruegueses começaram a colonizar a Islândia. Fugiam da instabilidade política e social na Noruega e estabeleceram-se na ilha, marcando o início da colonização da sociedade islandesa. Tal como nas Ilhas Shetland e Ilhas Orkney, no Norte da Escócia, a história Viking também marcou a Islândia deixando raízes na sua cultura e identidade do país, que ainda hoje são celebradas.
O que mais gostei
É fácil fazer aqui uma lista, quase infindável, daquilo que mais gostei neste cruzeiro a bordo do EXPLORA I. Vou, no entanto, destacar aquilo que mais me agradou.
- O serviço. É quase 1 tripulante para cada passageiro (1,25 para ser preciso) e isso nota-se no dia-a-dia a bordo. Sempre prestáveis em todas as situações, sentimos que somos o centro das atenções, e nunca faltou nada.
- O espaço. Outro requisito para um cruzeiro de luxo é o amplo espaço por passageiro existente. Nunca há confusões e nem sequer filas, principalmente, e como seria mais normal, no buffet.
- O camarote e a varanda, ambos com espaço de sobra, e muito bem equipado, inclusive com chão aquecido no quarto de banho.
- Os mimos diários no nosso camarote: doces, óleos de banho, agenda, foram alguns dos presentes deixados no meu camarote.
- A qualidade e variedade da gastronomia a bordo, dignas de estrelas Michelin, nos vários restaurantes disponibilizados.
- O buffet. Incrível a qualidade da comida, feita na hora pelos chefs de serviço, bem como a variedade existente. O resultado foram mais 2 quilos em apenas uma semana.
O que menos gostei
Mesmo num cruzeiro de alto nível como o do EXPLORA I, houve apontamentos que não me agradaram muito.
- O preços das excursões. É certo que estamos numa companhia para outro tipo de clientes e com bolsas grandes. Mas também preços mais altos significam excursões de melhor qualidade. Neste caso, a única que fizemos, à Blue Lagoon foi igual a tantas outras que fizemos no passado. Sair no porto, entrar num autocarro normal, com guia aceitável, ir para o destino, voltar e já está. Nem uma garrafa de água, nem nada que distinga este serviço das outras companhias, nem que justifique o preço de 220€.
- Gostava de falar do entretenimento. É um cruzeiro de luxo e entendo o objetivo de ser virado para o relaxamento e para a conexão com o mar, mas de facto, é calmo demais para o meu perfil. À noite havia espetáculos no Journeys Lounge, um excelente espaço para concertos mais intimistas, que se apresentaram com boa qualidade, e depois, alguma animação no Explora Lounge, com um pianista, e no Astern Lounge, com um DJ. A tentativa de entretenimento existiu, de facto, mas talvez o perfil das pessoas a bordo não se encaixaria nestas atuações e os espaços estavam sempre com poucas pessoas. Gosto de um cruzeiro que seja mais animado.
O que está incluído num cruzeiro Explora Journeys?
- Champanhe de boas-vindas Moet & Chandon na Suíte à chegada;
- Vinho e Cocktail à escolha dos hóspedes à chegada;
- 6 Restaurantes, 12 Bares e Lounges (8 indoor e 4 outdoor) incluindo In-Suite Dining 24 horas;
- Bebidas Premium Ilimitadas, cafés especiais, chás e refrigerantes;
- Todas as Bebidas no MiniBar da Suíte;
- Acesso à zona termal do SPA: piscina, banho turco, etc.
- Programas de bem-estar e fitness a bordo e nos destinos;
- Gratificações a bordo;
- Wi-Fi gratuito em todo o navio (de alta qualidade);
- Serviços de transporte do porto ao centro da cidade (sujeito a disponibilidade)
Itinerários do EXPLORA I
O navio da Explora Journeys ficará pelo Norte da Europa até ao final de Setembro, altura em que se deslocará para a América do Norte, com escalas previstas para Nova Iorque ou Halifax, no Canadá, para depois, em Novembro, descer para as Caraíbas, onde fará a temporada de Inverno.
Em Abril de 2024 o EXPLORA I partirá para a costa Oeste dos Estados Unidos, para depois seguir para o Havai. O navio regressará à Europa em Maio de 2024, com passagem por Lisboa, para alguns itinerários no Mediterrâneo Oriental.
Obrigado! ☺️
Boa tarde
Se for possível, agradecia que me informassem itinerários, datas e preços, para o navio EXPLORA I ,para o ano de 2024, para duas pessoas (adultos)
Penso que para este navio, não fazem viagens com grupos, se houver alguma informem-me, SFF
Fico à espera da vossa informação.
Cumprimentos,
GGaspar
Datas e preços pf para 2024 casal em camarote com varanda e vista mar não obstruída no navio explora
Obg
Seria interessante saber o preço de um cruzeiro destes.
Pois um cruzeiro de luxo deste pode começar nos 4, 5 mil euros por pessoa, e vai subindo, dependendo da época, destino, etc.