Preocupação ambiental é um dos temas mais actuais na indústria dos navios de cruzeiro. De atitudes simples, como evitar o uso de plásticos, a investimentos em tecnologia, os cruzeiros estão mais ecológicos. E alguns dispõem de funcionários treinados para explicar estes novos procedimentos aos passageiros.
Nos navios da Costa Cruzeiros, por exemplo, esqueça os saquinhos para temperar a comida ou aqueles pequenos frascos de sabonete líquido e shampôo. Eles foram substituídos por embalagens reutilizáveis. Pratos, copos e talheres são agora feitos em material biodegradável. E a maior parte da água usada a bordo é produzida no navio, pelo processo de dessalinização. A dessalinização refere-se a vários processos físico-químicos de retirada de excesso de sal e outros minerais da água.
A MSC Cruzeiros investiu também na formação dos funcionários. Eles entendem de temas como recolha selectiva e economia de água e de luz. Tal esforço rende frutos. Em 2009, foram recicladas 48 toneladas de alumínio e 75 toneladas de óleo de cozinha.
Economizar energia, aliás, é já uma regra nos navios. Muitos já contam com sistema inteligente para regular o ar-condicionado de acordo com o número de pessoas e a temperatura externa.
Outro sistema ambientalmente correto permite que a embarcação receba energia elétrica da costa, quando estiver no porto. Assim, os geradores dos navios, que costumam gastar muito mais, podem ficar desligados nos portos.
A preocupação ambiental vai além do que os olhos dos passageiros alcançam. Os navios da Costa e da MSC, por exemplo, utilizam uma tinta especial, que impede o acumular de algas no casco. Isso ajuda a reduzir o consumo de combustível e, consequentemente, faz cair as emissões de gás carbónico (CO2), um dos responsáveis pelo efeito estufa.
Além dos benefícios ambientais, as técnicas trouxeram economia às empresas. A Costa, por exemplo, já reduziu em 5% o consumo de combustível por milha navegada depois de iniciar estes procedimentos. Sem contar a economia de água e de energia elétrica.