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MSC World Cruise 2020: Chegou ao fim o último cruzeiro ainda em navegação (e foi fantástico)

Foi a 5 Janeiro que o MSC Magnifica saiu de Génova para o seu cruzeiro de volta ao mundo, e, nessa altura, o mundo era muito diferente. A pandemia ainda não tinha nome e não passava de uma estranha pneumonia. Não havia mortes e a Organização Mundial de Saúde relatava apenas 59 infectados, todos na cidade Wuhan, China.

Nenhum dos 1760 passageiros do MSC Magnifica, a maior parte franceses, italianos e alemães, imaginava que aqueles dias iriam transformar o mundo como hoje o conhecemos. Mas o espírito e a expetativa para um cruzeiro de 117 dias à volta do mundo estava em alta.

O navio deixou a Europa e desceu o Atlântico por Cabo Verde até chegar à América do Sul a 19 de Janeiro. Nessa altura o vírus já tinha cruzado as fronteiras da China e o comandante Roberto Leotta passou a acompanhar a evolução atentamente. “Estamos sempre em contacto com as autoridades locais e depois de deixarmos a Américo do Sul a situação começou a ser preocupante“, disse Leotta, um veterano com 32 anos de mar, num artigo publicado pela BBC.

A 21 de Fevereiro o navio deixava a Américo do Sul, partindo do Chile, com destino à Polinésia, em pleno Pacífico Sul. Os portos marítimos começavam a fechar e alguns passageiros “apanhados” em quarentenas em terra e no mar um pouco por todo o globo.

Até aí, o cruzeiro estava a correr lindamente para os passageiros a bordo. Apenas quando o MSC Magnifica chegou à Tasmania é que os planos mudaram. A ilha tinha reportado 6 casos de COVID-19 e o comandante tomou a difícil decisão de não permitir o desembarque de passageiros. “Decidimos que seria muito melhor para a sua segurança permanecerem a bordo“, clarificou o Leotta.  Estava claro, para o comandante, que a volta ao mundo se aproximava do seu fim, muito antes do previsto.

A viagem de uma vida tinha chegado ao fim na Austrália. Os passageiros que pretendiam voar para os seus países de origem desembarcaram em Sydney e Melbourne, mas a maior parte decidiu permanecer a bordo, para uma viagem de 5 semanas e quase 20 mil quilómetros, com destino à Europa. A partir daí o navio só parou para reabastecer e a vida a bordo continuou como até aí.

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Ainda havia muito para fazer a bordo“, diz Andy Gerber, um dos passageiros que optou por ficar no navio. “Ginásio, jogos, espetáculos, aulas de dança, duas piscinas e um clima perfeito. Não faltavam comes e bebes e durante estes dias fizemos muitos amigos a bordo“, concluiu Andy, que festejou os seus 70 nestes dias.

Foi incrível, surreal“, disse outro passageiro do MSC Magnifica, Carlos Payá. “Falavamos com a família e as notícias que ouvíamos preocupava-nos, foi uma sorte estarmos no navio“.

Esta segunda-feira todos os passageiros desembarcaram, finalmente, em Marselha. O último porto com desembarques tinha sido em Wellington, Nova Zelândia. Todos os passageiros e tripulantes estão bem de saúde e nenhum caso de COVID-19 foi reportado a bordo.

Encontramos uma situação em que o COVID-19 isola e distancia as pessoas“, diz o comandante Leotta. “Aqui estava o oposto. Tornamo-nos uma família – os nossos convidados e a nossa equipa juntos. O espírito era lindo. Os cruzeiros vão voltar e melhor preparados do que antes, com mais experiência. Estamos a aprender muito, estaremos mais fortes do que nunca.

Hoje também terminam itinerários o Pacific Princess, em Los Angeles, e o Costa Deliziosa, em Barcelona. O artigo original da BBC pode ser consultado neste link.

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About the author

Nuno Ribeiro

Olá, o meu nome é Nuno Ribeiro e sou fundador do Blog dos Cruzeiros, um blog sobre o mundo dos grandes cruzeiros, onde pode encontrar notícias, opiniões, sugestões, guias, companhias, navios e muito mais. Sempre que subo a bordo de um navio descrevo toda a experiência aqui para que possa ajudar quem pretende fazer um cruzeiro. Boas leituras!

1 Comment

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  • Quando tudo isto passar , estarei beirando os setenta anos.
    Com certeza, quero ainda em vida, fazer nova viagem de navio.
    Fiz uma e adorei.

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