Apesar de tanto tempo ter passado, o Costa Concordia continua ainda a fazer parte das capas de jornais dia após dia, seja pela nova polémica em torno da sua caixa negra, ou mesmo pelas inúmeras referências feitas à manobra de remoção do navio.
Desta vez a notícia é exactamente referente à caixa negra e ao seu conteúdo, colocando novamente o capitão Schettino de volta à tempestade, culpando-o pela situação e mostrando que ele estava plenamente consciente da situação. Esta revelação veio directamente do portal TGCOM24, um dos grandes sites de notícias italiano, mostrando claramente os diálogos entre o comandante do navio e a sua equipa.
Segundo o portal, Schettino anunciou pelas 18h27 que iria levar o Concordia ao desastre, mais tarde, pelas 21h45 o director de máquinas alertou o comandante que não sabia o que estava a acontecer e para ele chegar lá o mais rápido possível, no entanto, às 22h, o comandante minimizou a situação e afirmou que estavam com um problema, mas que tudo iria ser controlado.
Ainda antes deste anúncio, Schettino voltou-se para Roberto Ferrarini, director de emergências da companhia Costa Cruzeiros, afirmando que algo de grave tinha acontecido, no entanto acabou por “culpar” Mario Palombo.
Pelas 22h29 o comandante consultou o director de máquinas, questionando sobre a possibilidade de abandonar o navio. Mais tarde, pelas 23h o próprio comandante comunicou com a sua esposa, enquanto os passageiros estavam a começar a abandonar o navio, alertando que a sua carreira como comandante tinha terminado, afirmando que havia um problema com o navio e que este se encontrava inclinado, porém ele estava a fazer uma boa manobra e que tudo estava a ser resolvido. A verdade é que nada correu bem e vidas foram perdidas devido a um erro do comandante.
A companhia Costa Cruzeiros já veio responder a público sob toda a situação, afirmando que nem toda a notícia é verdadeira e que existem alguns erros graves, prejudicando não só a imagem da empresa como também podendo ter um negativo impacto económico. Afirma ainda que a rota decidida pelo comandante, e aprovada pela própria companhia, era segura e de completa rotina, passando a 5km da Ilha de Giglio, no entanto o comandante decidiu por si mesmo alterar a rota e não relatar essas mudanças à companhia.