É lindo! É a primeira coisa que me vem à cabeça quando penso nos 8 dias que estivemos a bordo do MSC Meraviglia pelo Mediterrâneo. É elegante, também, e luxuoso. Ah… e come-se muito bem (mais 1 quilo em cima).
Tivemos grandes surpresas no novo navio da MSC Cruzeiros, e que vamos destacar neste artigo, mas também algo que correu menos bem, e que, esperamos nós, possa ser melhorado para o futuro, promissor, desta companhia italiana, que se prepara para lançar vários navios nos próximos anos.
Se já tem cruzeiro marcado para o MSC Meraviglia, a 8ª maravilha do mundo (como é carinhosamente chamado), ou tenciona marcar, continue a ler, pois vamos mostrar o melhor que este navio tem e dar dicas para melhor se movimentar no navio, preços dos serviços, bebidas, excursões, horários etc.
Como muitos já sabem, estivemos em Julho pelo Mediterrâneo, num itinerário à saída de Barcelona e com escalas em Marselha, Génova, Nápoles, Messina, e La Valletta, num trajecto muito interessante, e que nos permitiu visitar locais lindos como Portofino, Capri, ou antiga Mdina, em Malta.
Veja aqui os Itinerários do MSC Meraviglia (escalas e preços)
Embarque
O embarque no MSC Meraviglia decorreu com normalidade, tínhamos um horário pré-definido, por volta das 15h00, e quando chegamos ao Terminal A do Porto de Barcelona, foi só deixar as malas à entrada e seguir para o check-in. Este foi relativamente rápido, e em 20-30 minutos, estávamos dentro do navio.
O processo de check-in divide-se aqui em várias fases: a primeira é a entrega do bilhete de cruzeiro com respectiva verificação dos dados para a criação do cruise card (o cartão que nos acompanha por todo o cruzeiro, serve de identificação e permite fazer todas as compras), isto ainda dentro do terminal. Noutras companhias fazemos no check-in a associação de um cartão de crédito com o cruise card, mas tal não foi o caso. No passo seguinte foi a passagem pela segurança e a habitual foto de boas vindas.
Já dentro do navio é que procedemos à foto para a nossa ficha, um procedimento curto mas que com vários passageiros ao mesmo tempo tornou-se um pouco moroso, sobretudo depois de termos esperado para o check-in e também pela segurança. Mais um pouco e estamos finalmente livres para explorar o MSC Meraviglia.
De notar que só agora é podemos associar o cartão de crédito ao cruise card. E aqui há duas formas de fazer: na recepção, o que em dia de embarque não era a solução ideal, dada a quantidade de passageiros nesta zona, ou pelas máquinas de activação do cartão, existem várias nos decks principais (5, 6 ou 7). Foi a melhor opção já que as máquinas estavam vazias, e o processo é extremamente simples. Passamos o nosso cruise card e o nosso cartão de crédito, escolhemos algumas opções, e o cartão fica automaticamente associado. Estávamos prontos para comprar e sobretudo para um bebida mais fresca!
Sem querer ser exaustivo neste artigo, até porque já abordamos o MSC Meraviglia aqui, aqui e ainda aqui, vamos destacar aquilo que sentimos ser o melhor do navio, nestes 8 dias a bordo, como verdadeiros turistas (ao contrário dos outros artigos, que foram visitas mais curtas e não propriamente em férias).
Galleria Meraviglia – Promenade
É de facto imponente, não só o tecto, mas toda a promenade interior do MSC Meraviglia, cheia de efeitos novos e especiais, que permitem uma atmosfera muito própria e dinâmica no coração do navio, onde todos se encontram para um cocktail, uma ida às compras, um gelado, um chocolate, antes dos turnos de jantar ou dos espetáculos.
É aqui que a batida é mais forte, já que se celebram várias festas temáticas no longo passeio central. Durante a semana tivemos festas como a Flower Glory Party (anos 60 e 70), White Party, Formal Night, Tropical Night, entre outras, como o desfile dos oficiais e a tradicional foto com o comandante (é grátis, mas prepare-se para a longa fila). É também aqui que se situam o Meraviglia Lounge, com música ao vivo e aulas de dança, a chocolataria, que é obrigatória, e a gelataria, que também recomendo, não só pelos gelados, mas também pelos crepes :-).
Na Galleria Meraviglia também se situam os restaurantes italianos Eataly, um gourmet, e outro uma espécie de mercado com produtos que podemos escolher para serem servidos à mesa. Ambos são por reserva, e nós apenas jantamos no Eataly Food Market, por um valor base de 20€ por pessoa. Pode, no entanto, personalizar o seu jantar com diversos pratos. Escolhemos uma entrada com presunto (muito bom) e chouriço, pão, salmão, gambas fritas e calamares, entre outros pratos. Embora o restaurante nos parecesse algo parado, sem grande ambiente, a qualidade gastronómica foi alta, e ficamos muito agradados com os sabores dos pratos. Aqui talvez aconselhe uma ida ao Eataly – Ristorante Italiano, o tal gourmet, que me pareceu com um atmosfera mais vibrante.
Existem outros dois restaurantes temáticos, ambos asiáticos, mas como não é o nosso forte não chegamos a visitar. São o Kaito Sushi e o Teppanyaki (foto) situados no deck 7.
Butcher’s Cut
O melhor restaurante do MSC Meraviglia chama-se Butcher’s Cut. Opinião pessoal, claro está, mas esta é a verdadeira steak house americana com cozinha aberta. Aqui não falta carne bem grelhada, escolhida e cortada da forma que pretendemos, tudo com uma decoração que faz lembrar o velho oeste, com cowboys, vacas, búfalos e bisontes, etc. O jantar base fica por 30€/pessoa mas o menu é extenso e podemos escolher o que queremos.
No que se refere ao prato principal optamos por um Filet Mignon (290 grs, 26€ ou 360 grs, 34€), entre algumas opções como Flat Iron (bife de carne bovina) por 28€, costeleta (600 grs. por 50€), posta de cordeiro (330 grs. por 36€) ou ainda bife de bisonte americano (450 grs, 49€) com um acompanhamento incluído. Estes acompanhamentos (3€) podem ser batatas fritas, puré de batata, creme de espinafres, aros de cebola, couve de bruxelas, entre outros. Além disso é servido também 4 molhos diferentes.
As sobremesas são compostas por Lava Cake (10€), um gelado de baunilha com chocolate quente, Pudim de Banana (6€), NY Cheesecake (8€), entre outros.
Sky Lounge Bar
Já que estamos numa de mostrar os melhores, aqui está outro, ou pelo menos, o mais bonito! Situado num dos locais mais privilegiados do navio, no deck 18, com vista de 270 graus para as piscinas, está o Sky Lounge Bar. Um bar só para adultos, com um hall deslumbrante, luxuoso, cheio de estilo, quase exclusivamente em preto e branco, e com música ambiente tocada ao vivo, ora ao piano, ora ao violoncelo, numa toada jazz muito agradável. Antes de um pé de dança na discoteca, ou antes do descanso merecido, é dos melhores locais para terminar a noite.
Piscinas
O MSC Meraviglia tem 3 piscinas distintas. No deck 15 a Atmosphere Pool (a principal), e a Bamboo Pool (interior com tecto retráctil), e no deck 16 a Horizon Pool (na popa). As duas primeiras são de tamanho significativo, das maiores a bordo de um navio de cruzeiros, e rodeadas de alguns jacuzzis. A interior, Bamboo Pool, também com jacuzzis, situa-se num local muito agradável e é um espaço onde se pode mesmo dar umas braçadas, quando não está muito concorrida.
O facto de existir também o AquaPark, no deck 19, um excelente espaço para os mais pequenos, também liberta esta Bamboo Pool, e apesar de haver algumas crianças na brincadeira, é um local onde se pode relaxar, seja na piscina ou nos dois jacuzzis que a rodeiam. Perfeita, mesmo em dias menos quentes, graças ao seu tecto retráctil.
Por outro lado a Horizon Pool é mais pequena. Situada na popa do navio, com vistas fantásticas, pouco mais pode fazer do que molhar-se para combater o calor. No entanto há muito espaço para espreguiçadeiras nesta zona, e além disso, ainda se encontra o Horizon Bar, que dá um bom apoio a todo o anfiteatro. À noite vira discoteca.
Chocolataria
Tinha que falar aqui da chocolataria presente no MSC Meraviglia assinada pelo chefe francês Jean Philippe Maury, e confesso, um dos meus locais favoritos. Além do chocolate, bombons e peças de arte, ainda tem gelados, crepes e, claro, um bom café. Pode ainda preparar o seu chocolate, ou levar, em embalagens os seus sabores favoritos. Delicioso! Fica em plena promenade, no deck 6.
Cirque de Soleil
Outra boa surpresa, o espetáculo do Cirque du Soleil at Sea. Só vimos um deles, o Viaggio (o outro é o Sonor), mas admitimos que vale bem a pena assistir. Se não for com jantar (35€ por pessoa), que seja apenas com um cocktail simples (15€ por pessoa), ambos com reserva prévia. É de facto uma das estrelas do navio, este espetáculo cheio de cor, som e acrobatas que, literalmente, voam pelo cenário do Carousel Lounge.
Os espetáculos são bi-diários, um às 18h30 e outro às 21h30, dependendo se tem (ou não) jantar incluído (se for só cocktail começa às 19h15 e 22h15). Apesar de ser giro o jantar, pois trata-se de uma experiência gastronómica diferente e integrante do espetáculo, não achamos essencial. A exibição propriamente dita, começa após o jantar e quando todos os passageiros para o cocktail entrarem. Por isso deve constar da sua lista!
MSC for ME
Já era o tempo em que para qualquer informação, ou reserva, tínhamos que nos deslocar à recepção! Agora tudo é mais simples, seja via TV ou, como agora, via telemóvel com a aplicação MSC for Me, onde podemos reservar restaurantes, espetáculos, spa, excursões entre outras funcionalidades úteis. Uma das mais úteis é a nossa agenda pessoal, onde consta tudo o que nós reservamos e nos informa logo no ecran inicial. Com tantos eventos a bordo a nossa agenda é uma preciosa ajuda!
Para instalar, como vivamente recomendo, ligue o seu telemóvel à rede WIFI do navio (também poderá descarregar da Apple Store e Play Store antes do cruzeiro). No navegador deverá aparecer a página principal da MSC com várias opções, entre as quais a possibilidade de instalar a aplicação. É tudo muito intuitivo. A partir daí veja a programação dos espectáculos, todo o entretenimento a bordo, os horários disponíveis para os restaurantes temáticos, etc.
Além disso a MSC estendeu essa funcionalidade a diversos ecrans distribuídos pelo navio. Aqui também poderá aceder a toda essa informação, inclusive as reservas, bastando para tal passar o seu cruise card no local próprio do ecran, que o sistema identificará os titulares.
Estes ecran também mostra o porto de escala onde nos encontramos, a previsão do tempo, os horários de chegada para o dia seguinte, entre muitas outras informações úteis.
Itinerário
Em relação ao itinerário recordo que o saída é de Barcelona e os portos de escala são Marselha, Génova, Nápoles, Messina e La Valletta, antes do regresso à Catalunha. Em todos os locais saímos do navio para tentar explorar da melhor maneira e fizemos de várias formas: por nossa conta, em excursões contratadas a companhias externas e excursões organizadas pela MSC Cruzeiros (que se revelaram uma aposta errada, mais sobre isso nas notas finais).
Marselha
Em Marselha fomos com a companhia espanhola Shore2shore, já conhecida por nós e muito recomendada. Apesar de ser em espanhol, compreendemos perfeitamente e não nos desiludiu em nada, em Marselha e em La Valletta, os guias foram impecáveis.
A cidade francesa é de facto visita obrigatória e visitamos o centro histórico, ou seja, tudo o que fica em redor do antigo porto, a catedral, a câmara municipal, os restaurantes, etc. Além disso ainda fomos à Basílica de Notre-Dame de la Garde, a mãe guardiã e protectora de Marselha, que nos dá uma vista fantástica de toda a cidade.
O custo desta excursão ficou-nos por 26€ por pessoa, e mesmo tendo que andar uns bons 20 minutos, desde o local onde o navio atracou até ao sítio onde o autocarro estacionou, julgamos ser um preço aceitável. O centro de Marselha está muito longe do navio para ir a pé. Um táxi também pode ser uma opção, e até o shuttle, providenciado pela MSC Cruzeiros, está disponível por 15,90€ por adulto, e 9,90€ por criança.
Génova
Dia 2, chegamos a Génova e a nossa opção para este dia foi uma excursão da MSC Cruzeiros a Portofino, uma pequena mas lindíssima localidade costeira do norte de Itália. Aqui não circulam carros (ficam à entrada da povoação) e, portanto, seguimos de barco, desde Génova, uma viagem rápida e com direito a uma explicação genérica da história de Portofino que mal conseguimos ouvir.
É aqui começa a nossa desilusão com esta excursão da MSC. A única coisa que fizeram foi conduzir-nos deste o MSC Meraviglia até ao barco (que nos levaria a Portofino), dar uma explicação pelo sistema de audio do barco (quase imperceptível), nem conseguíamos ver a guia. À chegada disse-nos que tínhamos tempo livre para visitar Portofino e foi tudo. Pagamos por “isto”, 124€ para 2 pessoas.
Existem várias empresas com serviço de transporte de passageiros para localidades como Portofino, e por menos de metade do preço, pode optar por estes serviços. Este é apenas um exemplo (http://www.golfoparadiso.it) pelo que deve também fazer a sua própria pesquisa.
Agora Portofino… linda sem dúvida. A entrada de barco no pequeno porto, repleto de grandes iates, é deslumbrante, com as casas coloridas de um lado, e do outro, o Castelo Brown, uma casa-museu, no topo da colina. É daqui que se tiram as melhores fotos de Portofino, e é bem verdade. O Farol de Portofino, à entrada, também é uma das grandes atrações.
Portofino saltou para a ribalta no século passado quando muitos famosos passaram a fazer férias aqui. Artistas, actores, cantores encontraram aqui um resort calmo e relaxante. De facto, não há muito para fazer em Portofino a não ser relaxar. A Piazzeta é a praça central, mesmo em frente ao pequeno porto, e está repleta de cafés, esplanadas e restaurantes. Lojas de marcas de luxo acompanham ao longo da baía e por baixo das famosas casas coloridas. Um local imperdível.
Nesta praça tem uma pequena gelataria (do lado esquerdo, oposto ao da igreja, se estivermos de costas para marina) que faz uns gelados que só na Itália é possível saborear. Recomendo 🙂
Nápoles
Seguimos para Nápoles no dia seguinte e para a segunda desilusão da semana: a excursão a Capri com a MSC. Mais uma vez de barco com uma duração aproximada de 1 hora lá chegamos ao movimentado porto da ilha de Capri.
A excursão contemplava também uma visita a Anacapri, uma localidade situada na parte mais elevada da ilha de Capri. O transporte desde o porto de Capri até Anacapri foi um caos. Dezenas de pequenos autocarros fazem o transporte, em jeito de corrida, até ao cimo da colina, e o nosso guia lá nos encaminhou para um qualquer destes minúsculos autocarros, desde que nos levasse lá cima. Não havia lugares, não havia contagens de pessoas, não havia nada, só tínhamos que entrar e depois encontrava-nos em Anacapri.
Lá fomos nos pequenos autocarros, não mais de 15, 20 pessoas… apertadas e no meio de uma corrida entre os motoristas, por estradas incrivelmente estreitas e cheias de curvas e curvinhas até ao topo. Aqui percebi o porquê daqueles autocarros minúsculos, caso contrário não conseguiam sequer virar nas curvas mais apertadas!
Quando chegou, o nosso guia lá nos disse que tínhamos… tempo livre para visitar Anacapri, claro! Duas ou três dicas à pressa e lá fomos nós explorar o local mais alto da ilha de Capri, que, à parte das fotografias fantásticas que se obtém de Capri, e de todo a baía de Nápoles, não tem muito mais para ver. Alguns hotéis de topo, lojinhas de souvenirs, alguns restaurantes e um pequeno teleférico que nos leva ao topo do Monte Solaro. É um lugar calmo e com passeios engraçados e vistas maravilhosas. Muitas das fotos de Capri neste artigo foram tiradas daqui.
Capri
À hora combinada lá nos “meteram” nos mini-autocarros, um qualquer que estivesse disponível, e lá fomos por ali abaixo, de novo em ritmo furioso, até Capri, agora sim, para visitar a cidade. Capri é uma localidade altamente turística, e como tal, inundada de turistas, muitos deles provenientes de navios de cruzeiro. Faz lembrar um pouco Santorini, com ruas estreitas e lojinhas por todo o lado. O centro é na Piazzeta, a praça central, situada num patamar elevado da encosta, proporciona grandes vistas para toda a baía de Nápoles incluindo o Monte Vesúvio, um vulcão responsável pelo desaparecimento das cidades romanas de Pompeia e Herculano, em 79 d.c.
Messina
A escala seguinte foi Messina, já na Sicília, mas ainda em território italiano. Devo confessar que não conhecia a ilha e optamos por sair do navio e explorar por nossa conta.
O navio atraca no centro da cidade, portanto foi óptimo poder sair e estar no centro de Messina. De qualquer forma foi uma desilusão, já que é uma cidade não muito bonita, pouco ordenada e sobretudo muito suja, sem limpeza alguma, e com muitos prédios e casas degradadas, fruto talvez do passado conturbado, quer por guerras quer por terramotos.
Ainda assim tem alguns pontos de interesse, a Catedral de Messina, do século 12, fica mesmo no centro, e é de visita obrigatória. Na sua torre encontram-se estátuas que se mexem mecanicamente a certas horas do dia, é uma atração entre os turistas.
Sobranceira à cidade encontram-se os santuários de Montalto e Cristo-Rei, ambos acessíveis a pé (uns bons 20 a 30 minutos) e com vistas fantásticas para o porto e para o Estreito de Messina, onde facilmente se pode ver a cidade de Reggio Calabria, já do lado continental de Itália.
Malta
Malta foi a nossa última escala e tínhamos excursão comprada à Shore2shore. O autocarro esperava-nos mesmo no porto de La Valletta, o que foi óptimo (ao contrário de Marselha), pudemos partir de imediato para a Mdina, a antiga capital de Malta, a poucos quilómetros de La Valletta.
A cidade silenciosa, como é conhecida, é uma cidade medieval, no centro da ilha, muralhada, com raízes que se perdem na história (dizem que foi fundada pelos Fenícios, em 700 a.c.). Por lá também passaram os romanos, árabes, e os Cavaleiros Hospitalários, que reconstruíram a cidade após o terramoto de 1693, que afectou toda a zona, incluindo a Sicília. Mdina é hoje uma cidade museu, repleta de palácios, igrejas, casas senhoriais, perdidas pelas ruas e ruelas.
No século 19, Mdina passou a protectorado inglês, após a rendição dos franceses que tinham conquistado a cidade anos antes. Ainda hoje se vê em Malta muitos vestígios da presença britânica, como a língua oficial inglesa (a outra é o maltês, uma espécie de árabe mas com caracteres latinos), a circulação automóvel é feita pela esquerda e até as cabines telefónicas são vermelhas ao estilo britânico.
De volta a actual capital, La Valletta, a toada não é muito diferente, mas numa amplitude maior. Aqui fica a sede do governo, o principal porto da ilha, e a movimentação é constante. Cidade barroca, Património Mundial da UNESCO, não é difícil encontrar fortalezas, igrejas, palácios, museus e catedrais, todas muito concentradas no centro histórico. Para chegar cá basta sair do porto marítimo e subir um elevador público com acesso directo ao centro histórico de La Valletta. A partir daqui poderá explorar a cidade a pé sem grandes dificuldades.
O que menos gostei neste Cruzeiro
Com um navio assim é mais difícil não gostar deste tipo de férias, mas nem tudo correu como o esperado, e há coisas que não gostei no MSC Meravigilia:
- Hora de ponta no buffet: há certas horas que o tráfego de passageiros é realmente elevado. Foi um pouco assim no buffet entre as 13 e as 14h00. São mais de 4000 passageiros, e se todos resolverem almoçar à mesma hora, fica mais complicado. É muito movimentado com tanta gente, mas devo realçar que não existiam grandes filas para as bancadas, com uma ou outra volta encontrávamos sempre mesa, e o espaço deste MarketPlace Buffet é bem maior do que aqueles presentes nos navios da classe Fantasia. É de facto um avanço, mas sentia-se sempre um grande movimento e muito barulho nas horas de ponta.
- Outra preocupação eram as espreguiçadeiras, então perto das piscinas era impossível, a não ser que fizéssemos como os outros, de manhã cedo “marcavam” logo com a sua toalhinha e iam à sua vida. Não o fizemos, e por isso foi difícil encontrar uma espreguiçadeira, especialmente em dias de mar, onde ninguém sai do navio. Um mal transversal a boa parte dos cruzeiros. Um elogio às próprias espreguiçadeiras: muito boas mesmo, leves, confortáveis e com opções de configuração.
- Serviço e simpatia: custa-me ter que escrever isto, mas achei o serviço, principalmente nos bares das piscinas, muito pobre. É certo que a afluência é grande, mas não se notou que fossem despachados, mas antes desatentos, algo desleixados, e sobretudo muito frios, sem um sorriso e simpatia que deveriam ter. O pessoal da segurança (entradas/saídas do navio) era, igualmente, antipático. Os camareiros sim, muito prestáveis, sempre prontos a ajudar e sempre uma palavrinha simpática
- Temperatura do interior do navio: se alguém for friorento, como eu, mais vale levar um casaquinho na mala. Achei a temperatura muito baixa nos espaços interiores, e mesmo no camarote (interior) o ar estava demasiado frio e dificilmente aquecia. Tivemos que o desligar sempre que entrávamos.
- Excursões MSC: não quero cometer o erro de generalizar, mas estas duas que fizemos foram uma autêntica desilusão, não pelo destino, mas pela forma e serviço prestado pelos guias. Em Génova fomos a Portofino (124€, 2 pessoas) e praticamente só “pagamos” pelo ferry. Em Nápoles idem aspas, 170€ e guia nem vê-lo… Por outro lado as duas excursões na Shore2shore (52€ em Marselha, e 46€ em Malta) os guias foram impecáveis, sempre muito atentos na organização, na explicação dos locais, no acompanhamento, etc. Altamente recomendado.
Notas Finais
- Quarto: optamos por uma camarote interior e, apesar de não ter o mesmo impacto de um com varanda, até era espaçoso, elegante e bem equipado. O cofre está incluído portanto podem usar à vontade, definindo apenas um código. Em geral tem boa arrumação mas se colocassem mais duas ou três gavetas era bem melhor.
- Sala de Jantar principal: ficamos numa mesa no L’Olivo D’Oro, uma enorme sala no deck 6, no 2º turno (21h30, o 1º era às 18h45). Os outros são o L’Olivo D’Orée e o Panorama. São salas grandes, agradáveis e não há sensação de estar apertados. O serviço aqui não foi tão fluído como desejável, algo até intermitente. Tivemos noites que demoramos quase 2 horas a jantar, e outras bem mais rápidas. A qualidade da comida na sala principal foi sempre superior, muito bem confeccionados e saborosos, incluindo o próprio pão servido.
- Espectáculos: no Broadway Theater começam sempre às 19h15, 20h45 e 22h30, o que permite “jogar” um pouco com os horários do jantar. São todos musicais, como o Paz, Amor, Virtual, ou Way, entre outros, de boa qualidade e acompanhado de muita cor, dança e imagens digitais.
Em jeito de conclusão, e se tem cruzeiro marcado para o MSC Meraviglia, pode ter a certeza que vai ter umas férias inesquecíveis.
São muitas as coisas boas que este navio tem para oferecer e, se evitar certas situações, vai poder usufruir do MSC Meraviglia à grande.
O que mais importa é que estamos cá para nos divertir, passar um bom tempo com quem nos acompanha, e viver intensamente estes poucos dias a bordo!
Como sempre, fico disponível para esclarecer tudo o que for possível sobre o MSC Meraviglia.
Para quem vai, um excelente cruzeiro, e para quem fica, pode começar a estudar o próximo! 🙂
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