Após 20 meses do navio ter estado encalhado ao largo da ilha toscana de Giglio e depois de 20 horas de trabalho intenso, além dos inúmeros meses de trabalhos constantes, o Costa Concordia está finalmente “de pé” e preparado para a restante operação, naquela que foi uma complexa e inédita operação de resgate.
As manobras começaram na manhã de segunda-feira passada e terminaram apenas durante a madrugada, pelas 4 horas em Lisboa. Inicialmente as manobras estavam previstas demorar cerca de 12 horas, mas com diversos atrasos, acabaram por demorar cerca de 20 horas entre todos os processos necessários.
Junto ao local estavam muitos curiosos e até sobreviventes do acidente que quiseram assistir às operações, tornando-se extremamente emocionante o momento em que o navio ressurgir da água.
Na operação de resgate do navio participaram cerca de 500 pessoas, numa espécie de estreia mundial deste tipo de operação num navio desta dimensão – 114 mil toneladas, 290 metros de comprimento, 35 de largura e 57 de altura – sendo que ao todo o processo custará 600 milhões de euros. É importante referir que em 2006, aquando a aquisição do navio, a companhia gastou apenas 450 milhões de euros.
Apesar de todo o aparato relativamente ao processo de endireitar o Costa Concordia, este é o que apresenta o menor risco, segundo afirmações do chefe da protecção civil Franco Gabrielli, sendo que a principal preocupação relaciona-se com eventuais problemas de natureza ambiental. Foram colocadas barreiras marinhas flutuantes, com função antipoluição, sendo que vai também ser colocado um dispositivo para bombear líquidos tóxicos que possam surgir no momento da operação.