As notícias relativamente ao Costa Concordia nunca deixam de aparecer. Se durante muito tempo falamos sobre o estado da remoção do navio, com todas as características associadas e todos os cuidados que as empresas iriam ter para preservar o meio, hoje trazemos uma notícia um pouco mais grave e que certamente trará muitos problemas para a companhia.
Agora com a remoção dos destroços do navio, certamente que vão ser esclarecidas muitas dúvidas que existiam relativamente ao que levou ao acidente. Um dos objectivos seria mesmo a análise ao sistema de gravação de dados do barco, conhecido por VDR (Voyage Data Recorder), o equivalente às caixas negras dos aviões. Estes sistemas são praticamente obrigatórios à navegação do navio, no entanto os investigadores descobriram agora que o mesmo estava avariado desde o dia 9 de Janeiro, lembrando que o acidente ocorreu a 13 de Janeiro, significa que durante 4 dias não há qualquer registo e dificilmente se saberá exactamente o que aconteceu.
A tripulação do navio já foi contactada e depois de muitos testemunhos e emails trocados, foi confirmado que a avaria só foi detectada um dia depois desta ocorrer, porém a sua reparação estava agendada para o dia 14, um dia depois do acidente ter ocorrido. Este pequeno erro fez com que os registos do navio estejam limitados até ao dia 9 de Janeiro, o que em termos práticos significa que não há gravações e registos do que se terá passado para o Costa Concordia ter encalhado ao largo de Giglio.
Agora a questão remete-se ao tipo de acusações que os responsáveis da Costa Cruzeiros podem sofrer, já que segundo as normas de navegação é impossível que um barco possa zarpar sem que todos os instrumentos de navegação estejam em perfeito estado. O próprio comandante do navio no momento do acidente, Francesco Schettino, continua sob um regime de prisão domiciliária até ao momento.
Segundo as mesmas fontes que afirmam a avaria 4 dias antes do sistema de gravação presente a bordo, o navio viajava com as portas de fecho hermético abertas e com mapas náuticos que não tinham uma aprovação prévia, o que em termos práticos vai contra todo o tipo de normas que existem no momento.
Muito bom site