O julgamento de Francesco Schettino, de 51 anos, começou recentemente em Grosseto (Itália). Um espaço destinado normalmente para Teatro foi adaptado de forma a oferecer espaço disponível para todos aqueles que gostavam de ouvir as provas contra o capitão em primeira mão.
O acidente deu-se no início do presente ano, morrendo 32 pessoas e deixando muitas em situação complicada. O capitão do mesmo foi alvo de reivindicações de todo o mundo, depois de ter deixado o navio antes mesmo deste ser evacuado, colocando em primeiro lugar a sua segurança e deixando os passageiros à sua própria sorte e nas mãos da tripulação que fez um papel notável, recebendo até recentemente um prémio por tal feito.
Na passada segunda-feira, 15 de Outubro, Schettino apareceu na audiência, assim como os passageiros sobreviventes, familiares dos que morreram e dezenas de advogados, tentando chegar a acordos para possíveis compensações para os familiares e passageiros afectados. Muitos dos sobreviventes tinham a intenção de chegar junto do capitão e olhar o mesmo nos olhos, percebendo como iria reagir com tantas acusações e com tantas situações que iria ter que saber lidar.
O capitão evitou a comunicação social, entrando pelas traseiras do teatro, evitando a necessidade de comentários para os jornalistas que ali se encontravam. Não foi apenas Schettino que foi acusado do incidente, havendo mais 8 acusados do naufrágio, incluindo tripulantes e funcionários do navio, ao contrário do que muitos pensam.
Ao longo dos próximos dias, o capitão e outros acusados serão ouvidos pelo juiz, no entanto o advogado de defesa está bastante confiante, afirmando até que as responsabilidades do acidente não são apenas do capitão, como agora se vai confirmar. Fontes afirmam que é provável que o julgamento oficial comece apenas para o próximo ano, no entanto ainda há muito para ser ouvido e muitas testemunhas que têm o direito de serem ouvidas de forma a que as decisões sejam completamente correctas e não haja qualquer falha.
Os advogados das vítimas procuram apurar os culpados o mais rapidamente possível, alegando negligência por toda a equipa corporativa, não apenas centrando a atenção no capitão como durante muito tempo era notório.
Vamos acompanhando todo o processo semanalmente, sempre que hajam novidades, informando os interessados no acidente e na resolução do mesmo.