Após 22 horas de agonia, foi resgatado o tripulante do navio Norwegian Getaway, que caiu na tarde de dia 30 de Junho. O navio que fez o salvamento foi o Carnival Glory.
De acordo com informações prestadas por outros tripulantes do Norwegian Getaway, propriedade da Norwegian Cruise Line, um dos membros da tripulação, que caiu borda fora quando o navio regressava de um cruzeiro nas Caraíbas, viu a sua vida ser salva ao ser resgatado por outro navio.
[xtopic title=”Tome Nota” layout=”1″ alignment=”right” ids=”18883″]A informação oficial indica que o homem, um filipino de 33 anos de idade e cujo nome não foi revelado, caiu durante a tarde de dia 30 de Junho, quando o navio se encontrava a 45 quilómetros de Pinar del Rio, em Cuba.
O comandante anunciou a razão pela qual o navio deu a volta e se manteve no local onde se acreditava que o homem tinha caído, para realizar uma primeira busca, ao mesmo tempo que se alertava a Guarda Costeira dos EUA. Sem resultados à vista, o navio prosseguiu viagem, tendo, no entanto, alertado todos os navios em redor da existência de um homem na água.
A operação de busca e resgate foi apoiada pela Guarda Costeira dos EUA, que enviou aviões (HC-144 Ocean Sentry e Clearwater HC-130 Hercules) e o porta-aviões USCGC Raymond Evans. O porta-aviões percorreu mais de 1600 milhas quadradas até ser encontrado o tripulante.
Mais tarde, um comunicado americano informava que o homem havia sido encontrado, que estava estável do ponto de vista de saúde. Os meios de comunicação levaram em conta essa informação, quando na verdade quem encontrou o tripulante do Norwegian Getaway foi o navio Carnival Glory, que navegava nas mesmas águas, proveniente de Miami com destino a Cozumel.
Christine Duffy, presidente da Carnival Cruise Line, disse que tinha sido um milagre, felicitando a tripulação do Carnival Glory pelo esforço incrível em resgatar um companheiro.
O homem, que não usava na altura colete salva-vidas, manteve-se a flutuar aproximadamente 22 horas, antes de ser descoberto por um tripulante de cabine do Carnival Glory, por volta das 13h20 de domingo.
Os sistemas “Man overboard” (anti-homem à água) existem em todos os navios. É certo que durante as festas se consome muito álcool, mas esta não deveria ser a principal causa deste tipo de acidentes, mas sim como algo que pode acontecer. Existem sistemas de segurança, no entanto a indústria nega-se a instalá-los – com exceção da Disney Cruise Line e da MSC Cruzeiros, que anunciou a sua intenção de o fazer.
De acordo com jornalistas americanos, a indústria dos cruzeiros argumentam que um pássaro ou detritos arrastados pelo vento podem fazer soar o alarme, e por isso não instalam o sistema de segurança, promulgado há mais de 8 anos. Para além disso, dizem que a excessiva ingestão de álcool e consequentes acções perigosas são responsabilidade dos passageiros.
Na outra ponta da argumentação, está o advogado Jim Walker, que defende a necessidade de as companhias de cruzeiro adoptarem os sistemas de segurança e de se responsabilizarem por eventuais exageros no consumo de bebidas alcoólicas.
No caso deste tripulante que caiu à água, a existência de um sistema anti-homem à água poderia ter evitado o risco que correu nas 22 horas que esteve na água, a nadar pela sua vida.